A Polícia Civil de Sobral solicitou a prisão preventiva e/ou medida cautelar de afastamento contra o vereador Romário Araújo (SD) da Câmara Municipal de Sobral por crime de estelionato em caso de venda indevida de vaga de táxi. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Ceará, o inquérito policial que pede a prisão preventiva do vereador foi remetido à Justiça, “que abriu vistas ao Ministério Público e está em fase de análise”.
Segundo o delegado Márcio Luiz, responsável pelo caso, em agosto e setembro de 2018 Romário prometeu uma licença de Táxi para um cidadão por 2500 reais. As licenças são emitidas pela prefeitura e os parlamentares não são responsáveis pela sua concessão. Esse é o segundo inquérito aberto contra o parlamentar pela polícia civil neste ano.
Estelionato
O vereador é investigado desde fevereiro deste ano por prometer empregos públicos em troca da participação em um curso. Uma das 36 vítimas que participaram da denúncia, Daiane Paiva investiu em depósito bancário R$ 900 para a realização de um curso preparatório para o exercício da função. Depois disso, não conseguiu nem emprego nem contato com o vereador. A vítima teria sido abordada, no final do ano passado, por Romário com a promessa de emprego na área de fiscalização institucional para prestação de serviço ao Governo do Estado.
Em entrevista ao Diário do Nordeste, o responsável pela clínica onde os exames admissionais foram feitos prefere manter em sigilo seu nome e o da empresa, mas relata que já havia prestado esse tipo de serviço ao vereador, atendendo a pessoas enviadas por ele, sem nenhum problema posterior. “Percebi que esse número mais que dobrou em novembro passado. Chegamos a atender cerca de 69 pessoas em busca do atestado. Nós ainda aguardamos o pagamento dos serviços, o que não foi feito. Já prestamos queixa à Polícia, e agora esperamos pelo resultado das investigações”, adianta.
Camara municipal
Os casos envolvendo o vereador foram discutidos durante a primeira sessão da Câmara Municipal de Sobral de 2019, no dia 4 de fevereiro. Ele não estava presente.
Em abril deste ano, o Ministério Público do Estado denunciou o vereador com base no primeiro inquérito aberto contra ele. No documento constava que 36 pessoas foram à delegacia prestar depoimento contra Romário.
Caso ele venha a ter seu mandato cassado, assumirá em seu lugar o primeiro suplente do Solidariedade, líder político do distrito do Jordão, José Johnson Vasconcelos de Lima.