No quinto dia de apagão no Amapá, a energia elétrica começou a ser restabelecida em algumas localidades do Estado, mas a questão continua a gerar repercussões políticas. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, realizaram visita técnica, no sábado (7), à subestação de rebaixamento de carga da empresa Isolux, responsável pela concessionária da linha de transmissão, para acompanhar os trabalhos de restabelecimento do fornecimento. Neste domingo (8), eles devem fazer outra inspeção dos trabalhos, no município de Laranjal do Jari. Enquanto isso, o senador Randolfe Rdorigues (Rede-AP) protocolou uma representação na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para aplicação de penalidades contra a Isolux.
O Ministério de Minas e Energia informou, por meio de nota, que Macapá voltou a receber energia elétrica após ter sido reconectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) na madrugada de sábado. De acordo com a Pasta, a religação o fornecimento de eletricidade está sendo feita de forma escalonada, e a capital do Amapá já estaria recebendo cerca de um terço da carga típica para o horário.
Davi Alcolumbre, pela manhã, também afirmou que “o retorno da energia será gradativo, para garantir a segurança de todos”. Ele embarcou à tarde para o Amapá. Um incêndio na subestação Macapá, ocorrido na terça-feira (3), levou ao desligamento automático da linha de transmissão Laranjal/Macapá e das usinas hidrelétricas de Coaracy Nunes e Ferreira Gomes.
O fogo tomou conta da subestação e interrompeu cerca de 250 megawatts de carga elétrica. Ao todo, 14 dos 16 municípios do Estado ficaram sem energia.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a compartilhar, no sábado, vídeo publicado na sexta-feira no qual comenta a situação no Amapá. “O abastecimento de água foi normalizado (no estado) e todos os hospitais estão com energia”, disse. “Esperamos num espaço de tempo mais breve que toda a questão energética seja restabelecida”, completou.
Randolfe Rodrigues, por sua vez, solicitou à Aneel uma intervenção na Isolux, determinando a “instauração de um processo administrativo para investigar o apagão”. Para ele, há fortes indícios de responsabilidade da empresa na gravidade do blecaute. O Governo instituiu gabinete de crise e determinou uma investigação sobre responsabilidade do incidente.