Retirada do óleo de navio encalhado no Maranhão deve começar na próxima terça

Navio Stellar Banner carrega 3,6 mil toneladas de óleo

Escrito por Folhapress ,
Legenda: Navio sul-coreano carregado com minério de ferro da empresa Vale encalhou a aproximadamente 100 km da costa maranhense
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A operação de retirada do óleo dos tanques do navio Stellar Banner, que está encalhado no litoral do Maranhão, deve ser iniciada na próxima terça (10), segundo expectativa da Marinha.

A expectativa é que a operação seja detalhada pela dona do navio, a Polaris Shipping, até este domingo (8), para aprovação das autoridades. A embarcação carrega 3,6 mil toneladas de óleo.

A retirada dos volumes é essencial para reduzir o risco de vazamento durante o resgate do navio, que levaria 295 mil toneladas de minério de ferro à China quando sofreu avarias no caso depois de tocar o fundo do mar.

De acordo com a Marinha, a situação do Stellar Banner é estável. Mergulhadores especializados vêm realizando inspeção do caso nos últimos dias. A área danificada fica na proa do navio e tem 25 metros.

Após a detecção de uma mancha de óleo em torno do navio na última sexta (28), não houve novos indícios de poluição. De acordo com a Polaris, a mancha foi provocada por "óleo morto", que estava no casco e não por vazamento dos tanques.

Nos últimos dias, técnicos contratados pela empresa trabalharam para reforçar a vedação dos tanques de combustível e as travas dos compartimentos de carga. As operações estão sendo acompanhadas pela Marinha.

Contratado pela Vale, o Stellar Banner deixava o terminal da Ponta da Madeira e seguia ao porto de Qingdao, na China, quando ocorreu o acidente. Para evitar o naufrágio, seu comandante encalhou o navio em um banco de areia.

A embarcação tem 340 metros de comprimento, o equivalente a três campos de futebol. Apos a retirada do óleo, a Polaris deve retirar parte da carga de minério, para que o navio volte a flutuar e seja transportado de volta ao terminal.

Na quarta (4), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, esteve em São Luis e fez um sobrevoo para ver o navio. Na volta, ele reforçou que não há mais manchas de óleo no mar.