Fechado por manchas de óleo, parque marinho de Abrolhos é reaberto para visitação na Bahia

Segundo a direção do parque, o fechamento do espaço foi suspenso após uma inspeção verificar que Abrolhos recebeu pouca quantidade de óleo que, aparentemente, não causou danos diretos e significativos à fauna e à flora

Escrito por Folhapress ,
Legenda: Criado pelo Governo Federal em 1983, o Parque Nacional de Abrolhos é a primeira unidade de conservação marinha do país e abriga ilhas do Arquipélago de Abrolhos
Foto: ICMBio/Divulgação

O Parque Nacional de Abrolhos, um dos principais berços de biodiversidade marinha do Atlântico Sul, foi reaberto para visitação na manhã desta sexta-feira (8). Abrolhos foi fechado no dia 1º quando as autoridades confirmaram a presença de fragmentos de óleo na praia norte da Ilha de Santa Bárbara, uma das cinco que formam o arquipélago. 

Até o momento, ao menos 353 pontos da costa nordestina foram atingidos por manchas de óleo em 110 cidades dos nove estados da região. Abrolhos fica na Bahia. "São pequenas pelotas de óleo do tamanho de uma moeda", disse na ocasião o vice-almirante Silva Lima, comandante do 2º Distrito Naval. "A quantidade é muito pequena, não vejo um quilo."

A previsão do ICMbio (órgão do governo federal que administra os parques do país) era reabrir o parque à visitação só na próxima quinta-feira (14). Segundo a direção do parque, o fechamento do espaço foi suspenso após uma inspeção verificar que Abrolhos recebeu pouca quantidade de óleo que, aparentemente, não causou danos diretos e significativos à fauna e à flora.

Ao longo da última semana, navios, fragatas e corvetas da Marinha, além de uma grande embarcação da Petrobras, atuaram no monitoramento e na contenção da chegada do óleo na região.

Criado pelo Governo Federal em 1983, o Parque Nacional de Abrolhos é a primeira unidade de conservação marinha do país e abriga ilhas do Arquipélago de Abrolhos. A área concentra alguns principais bancos de corais do litoral brasileiro, incluindo espécies ameaçadas de extinção com os corais-de-fogo. Também registra cerca de 1.300 espécies de plantas e animais, incluindo as baleias-jubarte, que buscam as águas calmas do santuário para o acasalamento.