Família de Miguel pede indenização de quase R$ 1 mi a Sari Corte Real por danos morais

Sari foi denunciada por abandono de incapaz que resultou em morte

Escrito por Redação ,
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Legenda: Miguel e sua mãe, Mirtes Santana, que prestava serviços domésticos para Sarí Corte Real
Foto: Reprodução

A família de Miguel Otávio, menino de 5 anos que morreu após cair do 9° andar de um prédio de luxo em Recife em 2 de junho, pediu na Justiça indenização de R$ 987 mil a Sari Gaspar Corte Real, ex-patroa da mãe e da avó do menino, por dados materiais e morais. As informações são do portal G1.

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Sari é primeira-dama de Tamandaré e foi denunciada por abandono de incapaz que resultou em morte. A Justiça recebeu a denúncia do Ministério Público de Pernambuco em 14 de julho. O caso tem agravantes de cometimento de crime contra criança em ocasião de calamidade pública, devido à pandemia de Covid-19. Ela espera julgamento em liberdade.

As investigações indicam que Sari deixou Miguel sozinho em um elevador do condomínio. O menino estava acompanhando a mãe, Mirtes Santana de Souza, que trabalhava como empregada doméstica na casa da primeira-dama. 

Mirtes havia descido do condomínio para passear com a cadela da patroa, e Sari estava com Miguel e uma manicure no apartamento. A patroa chegou a ser presa por homicídio culposo, mas pagou fiança de R$ 20 mil e foi liberada.

Além de Mirtes, a avó de Miguel, Marta Santana, que também trabalhava na casa de Sari, e o pai do menino, Paulo Inocênio, também assinam o processo de danos morais. 

A mãe da vítima afirmou que há três processos na Justiça contra Sari e o prefeito de Tamandaré, Sérgio Hacker, um processo criminal, uma ação trabalhista e o pedido de indenização. 

A advogada da família afirmou ao portal que o processo cível por dados morais e materiais foi movido no dia 13 de agosto, ajuizado na 3° Vara Cível do Recife. A ação penal decorreu da denúncia do Ministério Público sobre a morte do menino.

No âmbito trabalhista, a ação aponta que Mirtes e Marta eram pagas pela Prefeitura de Tamandaré. As duas constavam como titulares de cargos comissionados da prefeitura, sem que efetivamente fossem funcionárias do município.