Energia eólica e mobilidade urbana

A busca por um desenvolvimento sustentável tem sido pauta no mundo corporativo e na agenda política da sociedade como um todo. Signatário do Acordo de Paris, o Brasil se comprometeu a alcançar, até 2030, uma participação de 45% de fontes renováveis na matriz energética. Essa meta reflete a necessidade de pensarmos em soluções alternativas de energia que contribuam para a diminuição da emissão de poluentes.

No âmbito da mobilidade urbana, medidas que reduzam os impactos ao meio ambiente são uma das principais preocupações das grandes metrópoles. Uma tendência que tem sido muito discutida é a expansão do uso de veículos elétricos, uma realidade em vários países. Ainda que pareça um pouco distante para a maioria dos brasileiros, por conta do seu alto custo no País e baixo volume, os automóveis elétricos e híbridos devem ser levados em consideração quando pensamos no futuro de nossos centros urbanos. Para que o efeito benéfico do uso dos carros elétricos seja sentido, é primordial que sejam abastecidos com energia oriunda de fontes renováveis; caso não o sejam, o benefício é mínimo. É como tirar a emissão do CO2 dos carros e transferi-lo para as usinas. A energia eólica é uma alternativa para reverter a emissão de gases de efeito estufa decorrente do crescimento da participação de combustíveis fósseis na matriz elétrica brasileira.

Na perspectiva econômica, a geração eólica pode ser considerada como a opção de menor custo no Brasil. Outro ponto favorável é a enorme capacidade da geração das turbinas eólicas: apenas duas turbinas são suficientes para o abastecimento de 14 mil veículos elétricos, trazendo alívio no caso de um possível desabastecimento local. Analisando as perspectivas, temos conhecimento de todas as ferramentas capazes de mudar a realidade de nosso cenário urbano e, no que depender das expectativas de crescimento do setor eólico, esse futuro se tornará, em breve, uma realidade.


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