Fosse uma bula de remédio, o tricolor do Pici teria uma indicação para uso: somente no segundo tempo. Foi, assim, contra o América de Natal, pela Copa do Nordeste, em Salvador.
No fase inicial, o tricolor entrou num ritmo fora do habitual, obedecendo a uma forma mais cadenciada de jogar, abrindo mão da aceleração, que é o seu forte. Os americanos mostraram logo que não tinham estoque de oxigênio suficiente para usar e se postaram na defesa, à espera de uma chance para explorar seu único atacante, Augusto.
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Romarinho, correndo em demasia com a bola; Yuri fechando a jogada para dentro e diminuindo o seu próprio espaço, e Wellington Paulista, isolado com Mariano Vasquez criando pouco, o Fortaleza acertou um escasso chute no alvo.
Como desgraça pouca é bobagem, o Romarinho deles, acertou uma pedrada indefensável para Felipes Alves: 1 X 0.
Na levada, o América chegou duas vezes ao gol do Fortaleza, numa delas em razão de uma largada de bola esquisita do goleiro tricolor.
No segundo tempo, o “sabão” (no bom sentido) passado no intervalo oxigenou o Fortaleza das vitórias e o América foi levado para o último terço do seu campo. Não resistiu à aceleração.
Das modificações feitas por Rogério Ceni, a entrada de Osvaldo se constituiu na arma letal que desmontou o adversário.
É só perguntar para o goleiro Ivan Paiva como a vida dele se complicou no segundo tempo. Claro, a atitude coletiva foi outra, Wellington Paulista foi bem nas finalizações, mas o baixinho participou das três jogadas para virada de 3 X 1.
Ao descobrir o mal estar de um tempo de jogo, as recomendações da bula tricolor indicaram aceleração para a segunda etapa, para azar do América.