A importância de um cearense no alto comando da indústria nacional

Com Ricardo Cavalcante na vice-presidência executiva da CNI, pautas estratégicas da indústria cearense e nordestina, como o hidrogênio verde, poderão ser aceleradas

O comando da CNI (Confederação Nacional da Indústria), maior entidade representativa da indústria brasileira, sob o guarda-chuva da qual estão 470 mil empresas, terá sotaque nordestino.

A partir de 31 de outubro, a organização será presidida pelo baiano Ricardo Alban. E o Ceará terá um nome forte no alto escalão: Ricardo Cavalcante, presidente da Fiec (Federação das Indústrias do Ceará) e da Associação Nordeste Forte, também ligada à CNI.

Cavalcante será um dos cinco vice-presidentes executivos da Confederação e terá voz veemente em uma organização que representa em torno de 20% do PIB do Brasil.

E a eleição do executivo cearense pode ser estratégica para o seu estado de origem. Cavalcante vem se posicionando como um habilidoso articulador de pautas relevantes para a indústria e a economia do Ceará.

Durante a pandemia, desempenhou papel de destaque para assegurar a manutenção do funcionamento das indústrias locais - as quais foram essenciais na garantia das demandas da sociedade - e, sob sua liderança, o setor colaborou de forma decisiva em ações que ajudaram a salvar vidas em meio à crise sanitária.

O empresário também ganhou notoriedade ao ser um dos mais ávidos pavimentadores do hidrogênio verde no Ceará, que é o estado líder nessa corrida energética, com mais de 20 memorandos de investimentos assinados e a projeção de bilhões de dólares a serem injetados no futuro.

Pelo trabalho construído nos últimos anos, foi escolhido também para integrar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável (CDESS) do Governo Federal, um colegiado que reúne notáveis da sociedade civil, os quais atuam como conselheiros voluntários do presidente da República sobre assuntos vitais.

Temas vitais

Na alta diretoria da CNI, ele poderá agir em temas medulares para o Ceará, contribuindo para destravar gargalos e abrir janelas de oportunidades para a economia local. Transição energética, inovação, questões tributárias e legislativas, por exemplo, estão entre os pontos da agenda de discussão da entidade.

Os possíveis ganhos passam inevitavelmente pelo projeto do hub de hidrogênio verde do Ceará, pauta abraçada por Cavalcante quando quase ninguém havia sequer ouvido falar sobre isso.

Conforme especialistas, esse amplo plano tem potencial de gerar dezenas de milhares de empregos e erguer a economia cearense a um degrau jamais alcançado.

Com um representante influente e afeito ao tema, é factível a aceleração desses megainvestimentos.

Ademais, são esperadas contribuições em várias outras pautas valiosas. Ganham o Ceará e o Nordeste.