É no mínimo estranho o que vem acontecendo com as arbitragens dos jogos do Fortaleza. As decisões dos árbitros, não raro, prejudicam o tricolor. E, quando apelam para a elevada tecnologia do VAR, nem sempre há correções. Erros de arbitragens são normais. Mas, quando se avolumam os erros contra um time só, aí necessário se faz o protesto veemente, visando a proteger o clube contra algum tipo de tramoia. Exemplo cabal está no que aconteceu quando da derrota do Fortaleza para o América em Belo Horizonte. Ali houve erros em profusão.
Diante disso, o ex-senador Luiz Pontes, conselheiro do Fortaleza, levantou sua voz, pedindo ao presidente da FCF, Mauro Carmélio, um posicionamento da entidade na defesa de seu filiado. Luiz Pontes entende que forças podem estar trabalhando, visando a inviabilizar a classificação do Fortaleza para a Libertadores. Claro que é difícil provar algum procedimento assim, ou seja, a existência de um complô para brecar a ascensão tricolor. Entretanto, os sucessivos erros de arbitragem também não podem passar sem que haja uma manifestação de repúdio por parte da FCF, entidade representativa dos clubes cearenses nas competições nacionais. É inaceitável silenciar.
Moral
O Ceará, após a dramática vitória (1 x 0, gol de Vina) sobre o Fluminense, tem agora a oportunidade de receber no Castelão o Cuiabá. A meu juízo, o Vozão, por tudo o que aconteceu no triunfo sobre o time carioca, ganhou a confiança necessária para os próximos desafios. O time provou que tem garra e pode superar todo tipo de adversidade. Foi gigante.
Adversário
O Cuiabá tem oscilado durante a campanha. Mas andou aprontando diante de times grandes nas casas dos adversários. Por exemplo: no Maracanã empatou com o Flamengo (0 x 0). No Allianz Parque, derrotou o Palmeiras (0 x 2). No Beira-Rio, empatou com o Internacional (0 x 0). Aqui, no Castelão, empatou com o Fortaleza (0 x 0). O Cuiabá é imprevisível.
Quase
No jogo em Cuiabá, na Arena Pantanal, o Ceará estava com a vitória na mão. O Cuiabá fez 1 a 0, gol de Helton. O Ceará virou com Rick e Jael. Aí, já nos acréscimos, aos 48 minutos, Jenilson empatou, aproveitando uma bobeira da defesa alvinegra. O nome do jogo foi Lima. Vozão deixou escapar uma vitória certa, que teria sido a primeira fora de casa. E segue sem ganhar fora até hoje. Incrível.
Coleção primorosa
Do meu colega, Severino Filho, da Rádio Pioneira de Teresina, recebi uma coleção de sete livros da obra “Memória do Futebol Piauiense”, que terá 20 volumes. Primoroso trabalho de pesquisa. Times e ídolos, num passeio pelo passado. Alguns atletas brilharam aqui também: Sima, Augusto, Ivan Lopes, Mota, Waldeck, Mano, Ozíres, Nonato Leite, Gringo, Sanatiel. Show. Parabéns, Severino.