Um Leão na Arena da Baixada

Fortaleza tem de estar preparado para o que der e vier. Fortaleza e Athletico estão próximos, separados apenas por um ponto e por duas posições

Os resultados inesperados do futebol estão se multiplicando por toda parte. Vejam só: a Chapecoense, vice-lanterna, andou aprontando poucas e boas. E serve de advertência para todos os que estão na arena. Hoje, na Baixada, o Fortaleza enfrentará o Athletico Paranaense, exatamente o estádio onde o anfitrião costuma falar grosso e dar as cartas. Pois a Chape foi lá e arrancou um empate (2 x 2). Quem diria que o Athletico, vice-líder, só atrás do Bragantino, passaria por tal vexame? Passou. Aí, na rodada seguinte, esse mesmo Athletico pegou o Fluminense e aplicou-lhe uma goleada (4 x 1) em Volta Redonda. Então, diante destas variantes inexplicáveis, o Fortaleza tem de estar preparado para o que der e vier. Fortaleza e Athletico estão próximos, separados apenas por um ponto e por duas posições. O Athletico tem 16 pontos. O Fortaleza, 15. O time paranaense é o segundo colocado. O Fortaleza, quarto. O Leão adota o modelo 3-5-2. O Furacão, o 4-5-1. Propostas parecidas. Situações parecidas. Lá estão Thiago Heleno, Nikão (ex-Ceará, 2014), Léo Cittadini e Matheus Babi (o Clebão deles). Mas o Fortaleza tem Felipe, Ederson, Yago Pikachu e Romarinho. Vai haver congestionamento na meia-cancha. Previsíveis as dificuldades entre equipes que se equivalem como provam as respectivas campanhas.

Jogos recentes

Quem é este Juventude que vem visitar o Ceará no Castelão? Subiu para a Série A no ano passado como terceiro colocado. Nos dois jogos recentes, vitória sobre o Flamengo (1 x 0) e vitória sobre o Grêmio (2 x 0). Sofreu duas goleadas em casa, no Estádio Alfredo Jaconi: perdeu por 0 x 3 para o Palmeiras. E perdeu também por 0 x 3 para o Athletico do Paraná. Tem, portanto, pontos vulneráveis.

A bola da vez

O técnico Guto Ferreira anunciou que, dependendo das circunstâncias, Jorginho jogará como titular e Vina ficará no banco. Também pode acontecer o inverso, ou seja: Vina jogará como titular e Jorginho ficará no banco. E tem mais: os dois poderão entrar como titulares. Seria interessante mais jogos com os dois atuando juntos. Só a continuidade trará automação.

Produção

Admiro o futebol do Vina. Em Bragança Paulista, observei o esforço gigantesco que ele fez para alcançar rendimento melhor. Não conseguiu. Deve ser um tormento para o profissional fases assim de queda de produção. Mas passa. Às vezes demora um pouco mais. Ainda aposto na retomada do Vina, já pela sua extrema vontade de rápido voltar aos bons tempos.

Experiência

Seria interessante que mais vezes Vina e Jorginho atuassem juntos. Somente assim haveria a possibilidade de um ajuste perfeito entre os dois. Os craques se descobrem. Deles e não do treinador geralmente sai a solução dos impasses decorrentes das semelhanças de característica. Costumo dizer que não se deixa na reserva jogadores qualificados. Quando juntos, os próprios cuidam de resolver positivamente as questões.