Foi demais. Sábado, no Vovozão, o Floresta perdeu para o Mirassol (0 x 1) e ficou em desvantagem para a partida final da Série D em São Paulo. Ontem o Ceará mais uma vez em casa voltou a perder. Deu vitória do Athletico (0 x 2). Em Belo Horizonte, diante do Atlético, o Fortaleza também voltou a perder. Poderia haver uma sequência pior do que a soma de insucessos assim? Há coisas que eu não entendo. O Ceará ganhou do Flamengo no Maracanã e veio perder para o Bragantino aqui no Castelão. O Vozão ganhou do Palmeiras e agora perdeu para o Athletico do Paraná. Síntese: engoliu dois bois e engasgou-se com dois mosquitos. Claro que mosquito aqui é força de expressão. Bragantino e Athletico têm seus valores. Quanto ao Fortaleza, a derrota era esperada. Entretanto, em momentosa, o Leão até deu a impressão de que poderia trazer um empate. Mas, nos lances fundamentais, falhou feio. No gol de Arana (1 x 0), Tinga dormiu e roncou numa lamentável desatenção. No segundo gol, assinalado por Vargas cobrando pênalti, a autoria poderia ser dada ao árbitro Pedro Vuaden. Uma imoralidade. Um golpe mortal em quem já estava agonizante. Lamentável.
Erro grave
O Fortaleza já estava pior, perdendo por 1 a 0. Mas estava tentando chegar. Aí o VAR arranja um pênalti indecente, revoltante. E o senhor Vuaden desavergonhadamente confirma a imoralidade. Absurdo. Jackson estava com o braço colado ao corpo. E ainda levou cartão amarelo.
Azares
Em outros tempos, Osvaldo converteria fácil o pênalti marcado a favor do Fortaleza. Ontem mandou a bola na trave. Os azares quando se somam não há quem os detenha. O batedor oficial, Wellington Paulista, tinha acabado de sair, substituído. Sobrou para Osvaldo, que errou. Que situação, gente!
Lamúria chata
Não suporto mais a mesma ladainha: o Ceará estava melhor e não merecia perder como perdeu. E realmente não merecia perder, mas perdeu. Deixou passar a chance de chegar mais próximo da Libertadores. Chata repetição: de novo no Castelão e diante de um time não superior. Não dá.
Coisa bonita no futebol é para ser enaltecida. O segundo gol do Athletico, marcado por Carlos Eduardo, merece uma referência especial. Com um toque de letra, de alta classe, Carlos tirou do lance o grande Tiago Pagnussat. Arte pura que enriquece a jogada e encanta de magia e beleza a forma de jogar futebol. Há muito o Castelão não testemunhava um gol tão primoroso.