O melhor da Sula para a Série A nacional

Confira a coluna deste sábado (9)

Aqui está o Vozão, levado pelo entusiasmo da melhor campanha dentre os 32 clubes da Sul-Americana. Invicto, com 100% de aproveitamento, já pensa alto nas quartas de final. É a parte boa da história. O lado do êxito na segunda mais importante competição das Américas. Agora vem o outro lado da moeda. O dos temores. É preocupante a campanha alvinegra na Série A, onde apenas um ponto o separa da zona de rebaixamento. Portanto, uma derrota hoje, dependendo do resultado de terceiros, poderá ingressar na indesejável zona maldita. O Ceará tem de lutar pela vitória. O Fluminense faz bela campanha. Na rodada passada, goleou um time de reservas do Corinthians. Não interessa se de reservas. Goleou (4 x 0).

Serve como alerta ao Ceará. Há também o objetivo de vitória do Fluminense para coroar a festa de despedida de um de seus mais notáveis atacantes em todos os tempos: Fred. O jogador também vai querer deixar a marca de seu talento neste último cenário de sua saída. Caberá ao Ceará superar todas as dificuldades de um Maracanã preparado para o Fred e para o Fluminense. O Vozão entra como convidado indesejado. E talvez, por isso mesmo, quem sabe, consiga a tão difícil tarefa.   

  

Amanhã  

  

O Fortaleza também tem um árduo caminho a seguir. Uma missão que, para alguns, já parece impossível. Para outros, porém, ainda ao alcance de um clube que tem na história a mística daquelas camisas. Uma espécie de manto sagrado, salvador, que, na hora da descrença, surpreende com resultados inacreditáveis.  

  

Crença ou premonição  

  

Em verdade, em verdade, vos digo: o Fortaleza é além da imaginação. Já repeti essa frase diversas vezes, quando de reviravoltas quase impossíveis. Se eu fizer as minhas colocações baseadas na frieza dos atuais números do tricolor, ficarei entre os que não enxergam saída para o Leão. É natural. Mas eu busco as coisas imponderáveis do futebol. Aí vejo que ainda é possível.  

  

Returno  

  

Há muitos times que, no returno, perdem o pique e entram em desarranjo. Os desgastes do turno geram sequelas que explodem na “virada da montanha”. Aí acontece o tobogã: alguns clubes sobem e outros descem. Há times que vão bem no turno, mas perdem o pique no returno. E a recíproca também é verdadeira.   

  

Conclusão  

  

Não quero ser um vendedor de ilusões para a família tricolor. A dura realidade mostra que está muito difícil a permanência do Fortaleza na Série A. A tendência, pelo andar da carruagem, é mesmo o rebaixamento. É a lógica da coisa. Mas eu me recuso a assinar o óbito com o paciente vivo. Para mim o Fortaleza está na UTI, mas não está morto. Muita coisa ainda pode acontecer.