A Chapecoense está aí. Teoricamente, um adversário muito fraco. Basta ver que apenas na 20ª rodada conseguiu a sua primeira vitória. Aliás, uma vitória de virada sobre o Bragantino em Bragança Paulista. Gol marcado por Anselmo Ramon, aos 49 minutos do segundo tempo. Foi uma festa em Chapecó. Mas a festa durou pouco. Na rodada seguinte, em casa, na Arena Condá, a Chapecoense recebeu o Palmeiras. E voltou a perder (0 x 2).
O Ceará, diante do exposto, está em condições de alcançar a primeira vitória sob o comando de Tiago Nunes. E, a partir daí, projetar uma sequência de recuperação. A vitória da Chapecoense em Bragança Paulista não pode passar sem uma análise. É uma espécie de recado dado ao Ceará. O Bragantino faz ótima campanha. Está na quinta colocação com 33 pontos, mesma pontuação do Fortaleza. Ainda assim, em casa, perdeu para a Chapecoense. São esses pequenos detalhes que muitas vezes definem situações. Este jogo está na conta de três pontos para o Ceará. Detalhe é que, não raro, quando enfrenta times da zona, o Ceará tropeça. Não quero acreditar que, com todos os alertas, o Vozão deixe passar esta grande oportunidade de faturar mais três pontos.
Sequência
Depois o Ceará vai enfrentar o Bahia na Fonte Nova, o Internacional no Castelão, o Atlético no Mineirão, o São Paulo e o Bragantino. Com relação ao Bahia, há um ranço que ficou desde a sequência de derrotas impostas pelo Vozão ao time baiano. Mas nos dois últimos jogos o Bahia vem dando o troco. Cuidado com as cadeiras em campo...
Vice-lanterna
Se há o lanterna no caminho do Ceará, há o vice-lanterna no caminho do Fortaleza. O raciocínio é o mesmo. O Fortaleza está muito acima do Sport, não apenas na posição, mas pela superior produção. Não há como comparar. Entretanto, tanto quanto o Ceará, o Fortaleza também é danado para se engasgar com os times da zona de rebaixamento. Sinal de alerta disparado.
Inadmissível
Hora de Vojvoda dar um pito na moçada quanto aos erros de finalização. Errar uma vez é normal. Errar seguidas vezes, numa única partida, é desleixo. O jogador profissional tem de caprichar nas conclusões. Aí está o poder letal de quem for mais cirúrgico. O Fortaleza tem volume, intensidade, mas vem pecando no ponto principal: chutar no gol e marcar o gol.
Outro pito
O técnico Juan Pablo Vojvoda também precisa dar uma chamada no setor defensivo. Na derrota injusta para o Internacional (1 x 0), a marcação tricolor dormiu. Permitiu a livre movimentação na cobrança do lateral que resultou no gol de Edenilson. Ninguém do Fortaleza incomodou como se o jogo já estivesse definido. Isso é desídia.