O Brasil contra a força asiática

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Estão dizendo por aí que não existe mais zebra na Copa do Mundo porque, nesse tipo de competição, tornou-se comum o registro de resultados que contrariam a natureza das coisas. Tudo bem. Mas eu entendo que existe zebra, sim. Querem ver uma que abalaria o mundo do futebol e faria estremecer os alicerces da nossa “Pátria amada, idolatrada, salve, salve”? Seria hoje a Coreia do Sul mandar para casa mais cedo a Seleção Canarinho. O Brasil está anos-luz à frente dos coreanos, quando o assunto é futebol.

De Tim e Patesko, da década de 1930, a Neymar e Vini Jr dos dias de hoje, a bola brasileira tem rolado redondinha diante das seleções asiáticas. No entendimento geral, não seria agora que iria acontecer a repetição de uma tragédia como a do Estádio Sarriá da Copa da Espanha de 1982. Em 2018, na Copa da Rússia, a Coreia do Sul disparou um míssil que eliminou a poderosa Alemanha, então campeã do mundo. O destaque, naquela ocasião, foi o atacante Heung-min Son, autor de um dos gols da vitória coreana por 2 a 0. O Son está aí, com sua máscara especial, louco para disparar um míssil contra o Brasil. Todo cuidado é pouco. Basta a experiência negativa da derrota para Camarões.  

Credenciada 

A França, pelo segundo tempo diante da Polônia, confirmou ser mesmo uma das favoritas para chegar à decisão da Copa do Qatar. Mbappé, com dois belos gols, fez a diferença na vitória por 3 a 1, resultado que mandou mais cedo a Polônia para casa. Outros destaques franceses foram Griezmann, Giroud e Dembélé. Está credenciada ao bicampeonato direto. 

Bicampeão 

Na história da Copa do Mundo, apenas dois países foram bicampeões diretos: a Itália em 1934 e 1938 e o Brasil em 1958 e 1962. Pronto. Nenhum outro país foi capaz de repetir o feito. Agora a França, campeã de 2018 na Rússia, poderá chegar ao segundo título mundial seguido. A França ganhou o título mundial de 1998 e foi finalista de 2006, 

Três finais seguidas 

O Brasil teve três finais seguidas: em 1994, campeão na Copa dos Estados Unidos. Em 1998, fez a final diante da França, quando perdeu por 3 a 0. Também fez a final de 2002, quando foi campeão diante da Alemanha. Portanto, o Brasil é o único país que participou de três finais seguidas.  O lateral Cafu jogou as três finais. Foi campeão em 94, vice em 1998 e campeão em 2002. 

Repetição 

Um caso extra aconteceu em 1986 e 1990. Os finalistas foram os mesmos: Argentina e Alemanha. Em 1986, no México, a Argentina foi a campeã e a Alemanha vice. Quatro anos depois, em 1990, na Itália, a Alemanha foi campeã e a Argentina vice. A Holanda também disputou duas finais seguidas: em 1974 e 1978. Perdeu as duas. A primeira para a Alemanha. A segunda para a Argentina.