Esperança, alegria, tristeza e decepção

Confira a coluna desta segunda-feira (27)

Muito já foi dito sobre a derrota do Fortaleza diante do Atlético no Mineirão. Uma derrota (3 x 2) que poderia ter sido recebida de uma forma normal e já esperada, se não fossem as circunstâncias nas quais a mesma ocorreu. Primeiro, a alegria: 0 x 1, gol de Romarinho. Depois, a empolgação: 0 x 2, novamente gol de Romarinho.

Houve a chance do terceiro gol com Pikachu, que desperdiçou. Até aí, esperança e alegria. Leão absoluto. Na fase final, a repetição do grave erro tantas vezes castigado pelos gramados do mundo: o recuo total. A pergunta é: recuou por estratégia ou por falta de oxigênio, haja vista o desgaste no clássico-rei na quarta-feira anterior? Só os atletas poderão responder. Verdade é que a esperança e a alegria se transformaram em tristeza e decepção. Um apagão de 15 minutos que custou muito caro. Os reservas, que entraram, foram uma vergonha pela nulidade e inoperância. Depietri não soube sequer controlar duas bolas que eram dele. Horrível.

De uma delas saiu, na sequência, a falta que resultou no gol da virada atleticana. Depietri entrou dormindo. O mesmo se pode dizer de Romero: inútil. Aí Jussa entrou, acompanhado de todos os azares do mundo. Era o que faltava.  
 

Méritos 
 

Não se pode tirar o brilho da reação atleticana, máxime pelos acertos das substituições na fase final. Ademir entrou aceso, rápido. Levou pânico pela direita. Rubens entrou e fez o primeiro gol do Atlético. Incendiou o Mineirão. Fábio Gomes teve participação direta na pressão que foi exercida sobre o Fortaleza. Há que se reconhecer o valor do time mineiro. 


Sequência 
 

O sonho de sair da zona de rebaixamento antes do final do turno ficou mais distante. Será preciso uma sequência de vitórias na Série A. Se assim não for, não haverá meios para mudar o cenário que aí está. Os próximos adversários pelo turno da Série A serão: Coritiba (fora), Palmeiras (Castelão), Atlético-GO (fora), Bragantino (fora) e Santos (Castelão). Aí terminará o turno.  
 

Returno 
 

Costumo repetir que o returno é o tie-break do futebol. É mais difícil. Motivo simples: no turno, se o time perder o jogo, terá chance de recuperar os pontos no jogo de volta. No returno, se perder estará perdido. Não há mais onde buscar o que passou. Seria interessante ao Fortaleza sair da zona antes da “virada da montanha”. Depois será mais complicado. 

 
Libertadores 
 

Quinta-feira próxima, dia 30 de junho, o Fortaleza enfrentará no Castelão o Estudiantes de La Plata pelas oitavas de final da Copa Libertadores da América. Não se surpreendam se o Leão sair na frente. No atual cenário, é imprevisível o que o Fortaleza poderá aprontar. Essa incerteza é um dos motivos de tanta angústia entre os tricolores. Ninguém sabe o que vem por aí.