Do forró ao tango o desafio do Vozão

Hoje tem o Ceará em Buenos Aires. O futebol nordestino desafiando o Arsenal Sarandí. Ao cronista é difícil dimensionar o grau de dificuldade que possa ter o Vozão. Vi apenas os melhores momentos da derrota (2 x 1) do Arsenal diante do Bolívar nos 3.700m de La Paz. Para surpresa geral, o Arsenal jogou bem e suportou sem problemas a altitude boliviana. Teve até chance do empate com bola na trave. A verdade é que somente quando a bola rolar será possível observar o tamanho de quem está do outro lado. Uma prudência inicial é de praxe. Assim se faz no mundo todo, exceto quando se tem um estudo apurado do adversário. Uma coisa é ver vídeos. Outra coisa é fazer o vídeo na hora da disputa. Além do mais, os vídeos não traduzem a realidade do momento do jogo. A temperatura interna de um jogo de futebol varia muito com as circunstâncias que o envolvem. E assim cada elenco apresenta reações diferenciadas. O Ceará tem condições de fazer uma boa apresentação. Há jogadores importantes, apresentando crescimento dentro do grupo. Casos específicos de Vina e Vizeu. Que o Ceará saiba, pois, pôr em prática o ritmo animado e quente do forró diante do lento e dolente tango de Gardel. 

Dois por ano 

Quando começar a valer a decisão de cada time ter apenas dois técnicos por temporada, quero ver a reação da torcida tendo que engolir na marra um segundo treinador que não está dando certo. Dizem que no Brasil há leis que pegam e leis que não pegam. Essa eu quero ver na prática como vai funcionar.  

Indignação 

Compreensível a reação do lateral-direito do Ceará, Gabriel Dias, injustamente expulso por mais um árbitro incompetente, Zandick Gondim Alves Junior, que nem com o recurso do VAR soube analisar corretamente o lance. Daí ter expulsado o jogador alvinegro. Gabriel não fez nada de errado. Resultado: além de expulso, perde a condição de atuar no primeiro jogo da final.  

Arbitragens 

Já é hora de anotar os nomes dos árbitros que prejudicam o futebol cearense. Começar logo pelos que eliminaram da Copa do Brasil o Ferroviário: árbitro Vinícius Gonçalves Dias Araújo e o auxiliar dele, Miguel Caetano Ribeiro da Costa. Os dois únicos que não viram a bola dentro do gol na cobrança de pênalti feita por Adilson Bahia. E agora o Zandick Junior, que prejudicou o Ceará. 

Sem comparações

Agora o Fortaleza traz mais um treinador. Marcelo Chamusca passou pelo Pici e não deu certo. Enderson Moreira também passou pelo Pici e não deu certo. A cobrança da torcida é válida. Tudo bem. Mas, se continuar lembrando do time da era Ceni, vai precisar de muita paciência. Não se arma da noite para o dia um time como aquele.