Diferença de padrão na Copa do Nordeste

Ontem ficou encerrada a primeira rodada da Copa do Nordeste. Numa avaliação simples, deu para notar que os clubes estão numa fase de transição entre o término da Série A e o início desse certame regional. A improvisação das formações, exceto das equipes que há mais tempo tinham concluído suas participações nas séries nacionais, comprometeu muito a qualidade do produto. Mas creio que gradualmente haja o avanço para etapas de melhor desempenho. O ano 2021, como teve de abrigar muito da programação de 2020, padeceu acomodações desde o início. O aperto também é outro fator que contribui para a queda de qualidade. De qualquer forma, é natural que haja progresso continuado, mesmo que num ritmo inferior ao desejado. Não há ainda como avaliar as equipes porque todas tiveram de apelar para formações alternatrivas. Além disso, nas próximas rodadas haverá o aproveitamento dos jogadores que foram contratados recentemente. Então a tendência é haver o aperfeiçoamento tanto na parte técnica quanto no conjunto. De momento não há como apontar favoritos senão pela tradição de algumas equipes. Se bem que na Série A equipes tradicionais fizeram fila na zona de rebaixamento. 

Mais vezes 

O Vitória de Salvador é o time com o maior número de títulos: quatro vezes (1997, 1999, 2003 e 2010). Depois Bahia e Sport que venceram três vezes cada. O Bahia (2001, 2002 e 2017) e o Sport (1994, 2000 e 2014). O Ceará ganhou duas vezes (2015 e 2020).  

Uma vez  

Na lista de campeões da Copa do Nordeste, conquistaram o título uma vez: América de Natal (1998), Campinense (2013), Santa Cruz (2016), Sampaio Corrêa (2018) e o Fortaleza (2019). O Estado da Bahia soma sete títulos: quatro do Vitória e três do Bahia. 

Torneio 

Antes do Nordestão no modelo atual, houve o Torneio Norte-Nordeste em 1968, 1969 e 1970. O Sport venceu em 1968, o Ceará venceu em 1969 e o Fortaleza venceu em 1970. Essa competição alcançou sucesso, mas o início do Campeonato Brasileiro em 1971 a implodiu.  

Pílulas 

A decisão mais marcante foi a de 1969, a da virada do Ceará sobre o Remo, no PV, no segundo jogo, nos minutos finais (3 x 2), gol de Gildo, após estar perdendo por 2 x 0. No jogo desempate (o Remo ganhara o primeiro jogo em Belém), o Ceará venceu (3 a 0), sagrando-se campeão.