O Fortaleza está precisando de uma vitória grandiosa. Uma vitória daquelas que provocam uma reviravolta na história e fazem mudar o rumo das coisas. Uma vitória que lhe devolva a confiança e gere temores nos adversários. É isso que está faltando ao Leão de Aço.
A vitória sobre o Alianza de Lima não teve e nem poderia ter a grandiosidade necessária porque o adversário não era grandioso senão apenas um time médio no cenário sul-americano. O insucesso na Série A nacional, onde está zerado e lanterna, também contribui para criar complexo de inferioridade. Como consequência, a autoestima fica comprometida. Assim, o time complica situações que há pouco tempo resolvia sem embaraços.
O Fortaleza teve oportunidades de ganhar do Internacional: perdeu. O Fortaleza teve oportunidades de ganhar do Corinthians: perdeu. Reflexo natural da insegurança decorrente de uma sequência interminável de reveses. Uma vitória, hoje, sobre o River Plate será grandiosa, majestosa. Uma catapulta para elevar o Leão ao patamar que o time merece. Na Série A, o Fortaleza não é lanterna: está ocasionalmente na lanterna. O Fortaleza tem qualidade para vencer o River. Chegou a hora da virada.
Estátua
Em Fortaleza, Iracema desabou. Aos seus pés, não o guerreiro branco, mas apenas um gatinho que correu assustado, após a queda da estátua. Iracema é um anagrama (transposição de letras) da palavra América. Fiquei a imaginar se isso não é um sinal dos tempos sobre um possível colapso das Américas (Sul, Central e Norte), também vítimas do descaso e abandono.
Homenagens
A propósito de Iracema ser anagrama da palavra América, referência ao navegador italiano Américo Vespúcio, no futebol muitos times pelo Brasil receberam o nome de América. Aqui o América foi campeão cearense profissional em 1935 e 1966. Na final de 1966 formou um timaço: Pedrinho Cruz, Ribeiro, Cícero, Luciano Frota e Vilanova; Osmar, Loril e Zé Gerardo; Pinha, Wilson e Baíbe.
No Rio
O América do Rio sagrou-se campeão carioca sete vezes. O mais notável título foi o de 1960. Ganhou do Fluminense (2 x 1), de virada, atuando com Ari, Jorge, Djalma Dias, Wilson Santos e Ivan; Amaro e João Carlos; Calazans, Antoninho (Fontoura), Quarentinha (não confundir com o Quarentinha que jogou Botafogo) e Nilo. Técnico Jorge Vieira. Depois disso, nunca mais ganhou um título.
Nos Estados e exterior
O América do Rio Grande do Norte tem 35 títulos de campeão estadual. Foi campeão da Copa do Nordeste em 1998. O América de Minas Gerais tem 16 títulos estaduais. É o América de maior evidência no momento, pois inserido na Série A nacional. há o América de São José do Rio Preto-SP e o América de Três Rios-RJ. No exterior, o América de Cali (Colômbia) e o América do México.