Senhor Vinícius Goes Barbosa de Souza, Vina, bom dia. Tenho visto sua preocupação com o jejum de gols. Também observo suas inquietações provocadas pelo desejo de retomar o brilho das grandes jornadas. É natural que isso aconteça, máxime com quem no ano passado experimentou certamente um dos melhores momentos de sua vida profissional. Claro que nos outros clubes por onde você passou houve momentos bons. Entretanto, nenhum talvez na dimensão que você alcançou no Ceará. Sossegue o coração. Deixe que a paz tome conta de seu espírito. Não permita que a ansiedade atrapalhe o processo de recuperação. Se você se desvincular das críticas e cobranças, mais rápido terá de volta a exuberância de seu futebol. Todo atleta experimenta fases desconfortáveis. Não conheço um sequer que tenha passado o ano inteiro em alta performance, sem oscilações. Nem os maiores ídolos mundiais estão imunes a tamanhas variações. Não existe vacina contra isso. O estado d’alma é que contribuirá. Todos conhecem os seus ótimos predicados. Calma, Vina! Você chegará lá outra vez.
Crises
No ano passado, Clebão passou por momentos difíceis. Os gols sumiram. A torcida já estava lhe pegando pelo pé. Aí, no dia 31 de outubro do ano passado, no Estádio Nilton Santos no Rio de Janeiro, Clebão fez um golaço no empate (2 x 2) com o Botafogo. Pronto. Foi o suficiente para Clebão reencontrar a paz. Mais gols vieram depois.
Venceu e convenceu
A melhor produção do Fortaleza este ano aconteceu no recente dia 3 de abril, quando da vitória sobre o Bahia (2 x 1) no Castelão. Opinião unânime da crônica esportiva: venceu e convenceu. Até os analistas mais exigentes se curvaram diante da evidência. Nos jogos seguintes, porém, como o Fortaleza não repetiu a boa produção, as dúvidas voltaram. Agora vem o Bahia outra vez.
Mais difícil
É natural que Fortaleza x Bahia, apenas 20 dias depois da vitória do Leão, seja analisado por um outro ângulo bem diferente. O jogo anterior foi pela fase de grupos. Agora é jogo de eliminação. Os times assumem maiores riscos. É mais difícil. A margem de erros fica bastante reduzida. Não vejo favoritos, apesar de o jogo ser no Castelão. Ora, estádio vazio é campo neutro.
Pressão
A diretoria do Ferroviário, os torcedores corais e a imprensa não podem deixar cair no esquecimento o “assalto” sofrido no Estádio Independência. Daqui a pouco, com outros eventos esportivos ocupando os espaços na mídia, o caso coral poderá ficar em banho-maria. Aliás, o presidente da FCF, Mauro Carmélio, precisa também fazer pressão.