Antes protagonistas, Edinho e Osvaldo tentam retomar bom futebol no Tricolor

Revelados pelos clube, os dois foram pilares importantes no processo de reconstrução do Fortaleza

Foto: Thiago Gadelha/SVM

Campeonato Brasileiro é uma competição de regularidade. É preciso ter elenco para suportar o nível competitivo. Quando Fortaleza era treinado pelo Rogério Ceni, uma das principais reclamações era a falta de reposição no elenco para suportar as 38 rodadas, pelo menos, no mesmo nível técnico. Esse dilema durou pelos anos de 2019 e 2020, nos momentos em que ele esteve a frente do clube.

De fato, o Fortaleza tinha dificuldade na reposição e principalmente na busca pelo mercado, pois o perfil de contratação do antigo treinador era de alta exigência e padrão. Nesta temporada, com uma outra filosofia de trabalho, a diretoria investiu no elenco, trouxe mais atletas para suportar a temporada, principalmente no quesito reposição. Inicialmente com Enderson, o tricolor reformulou parte dos atletas para aumentar o nível competitivo da equipe.

Mas o que significa reposição? É somente ter atletas no elenco para compor número ou jogadores que de fato, sejam substitutos? A temporada tricolor histórica com trabalho do Vojvoda tem alguns contribuintes, além do modelo de jogo e entendimento dos atletas, ele tem mais peças para repor, porém, não se aplica a todos os setores.

Não por qualidade técnica, mas por queda de rendimento de atletas que, na teoria, que já foram referências, hoje serem apenas reposição ou que ganham alguns minutos em campo, mas ainda estão longe de serem substitutos e atletas com potencial para titularidade. E já que estamos falando de temporada história, há três jogadores que foram pilares importantes, mas hoje não tem o mesmo desempenho: Edinho e Osvaldo.

Referências no banco de reservas

Princípio de Osvaldo e Edinho: atletas revelados nas categorias de base do clube. Como não ter identidade dentro e fora de campo? Atletas, também, que funcionaram como pilares fundamentais no processo de crescimento do Fortaleza, seja no início, com acesso e título da Série B, mesmo não permanecendo até o fim da competição. Ao retorno no ano histórico do clube na Série A, com título de Copa do Nordeste, melhor colocação e vaga, pela primeira vez, na Copa Sul-Americana. Sendo dois jogadores fundamentais e referências técnicas em campo naquela campanha.

Osvaldo em ação pelo Fortaleza
Foto: Kid Júnior/SVM

Em 2020, sem Edinho, Osvaldo não conseguiu repetir as mesmas atuações nos momentos decisivos de 2020, principalmente após a saída de Rogério Ceni. Aliás, o time inteiro teve uma queda de rendimento e assimilação de ideias, identidade dentro de campo na sucessão do trabalho com Chamusca e logo depois com Enderson Moreira.

Dentro do processo de reformulação, Osvaldo voltou a oscilar dentro de campo e naturalmente, não tinha essa titularidade do tricolor e as lesões voltaram atrapalhar. Mas o Fortaleza carregava alguns sintomas da reta final da temporada passada, a falta de identidade, principalmente pela reformulação no elenco. Com Vojvoda, os espaço para o atacante foram ainda menores e que infelizmente, tiveram contribuição das lesões musculares que afastou por alguns períodos o Osvaldo.

Edinho chegou no meio da temporada, uma nova forma de jogar, outra filosofia de trabalho e modelo feito por Vojvoda, pelo pouco tempo de trabalho, o argentino já tinha bem definido uma base de time titular e naturalmente ia rodando o elenco para 'ganhar' mais peças que se encaixassem no modelo. Nas oportunidade que Edinho teve com o treinador, seja como titular ou entrando no decorrer dos jogos, o rendimento esteve abaixo daquela referência.

O Fortaleza sofre com ausências e desfalques importantes para jogo contra o Corinthians. Quando mencionamos reposição, é ter peças à disposição para suportarem as temporadas. Na teoria, Osvaldo e Edinho seriam jogadores que brigariam pela titularidade, mas neste momento a realidade está um pouco distante.

Reta final de temporada e Brasileirão, os dois atletas revelados pelo clube, que não vivem um bom momento na temporada, poderão ganhar oportunidades, como substitutos e que ainda estão na memória fresca e afetiva de referências que já foram para o Fortaleza, que possuem capacidade técnica para retomar o futebol. Sem Crispim e Pikachu, Osvaldo e Edinho pode ainda, contribuir para o alto nível do time. A dúvida é: ainda há tempo na temporada?