Outro dia tive um novo encontro com a paixão.
A paixão me fez suspirar diferente, acordar no meio da noite, imaginar mil coisas, ficar disposta e sorrir para a vida.
Sabe aquela coisa que na ausência você sente saudade e na presença, vontade? Pois, é!
Percebia que era forte a energia que vinha dentro de mim e até fiquei meio confusa: será que aquilo que estava sentindo poderia ser só uma ilusão? Perguntei e reperguntei ao meu coração.
Mas a insegurança e a indecisão nunca fizeram parte da minha personalidade. Portanto, viver uma paixão permitida e com intensidade era tudo que eu queria na minha vida inteira. Aceitei o desafio de um projeto bonito e embarquei no trabalho.
Acontece que há momentos em que muitas coisas atrapalham essa vivência plena da paixão. Que coisa mais chata! Parece que esse brilho que a paixão gera incomodo em algumas pessoas, ocasiona atitudes e gestos tão empobrecidos que fragilizam um pobre coração apaixonado.
Porém, já dizia Raul Seixas por outros motivos, mas uso esse para o meu caso: “quem não tem colírio, usa óculos escuros”. Foi num instante em que senti que a minha paixão foi ameaçada, que sofri calada, e que lembrei da letra da música e tive uma vontade, imensa, de comprar uns óculos escuros. Seria ofensivo, mas só de imaginar, tirou-me daquele campo energético que não faz parte de mim.
Convoquei a “dona razão” para tomar conta de mim e ela fez-me lembrar que eu sou a dona do meu coração e que é legítimo sentir todos os sintomas da minha paixão, com a maturidade e sabedoria.
E, aí, a conclusão que eu tirei disso, e que gostaria de passar para você, é que esse sentimento humano, intenso, profundo e verdadeiro, marcado por grande interesse, merece respeito. Seja apaixonada por aquilo que fizer ou, se a paixão for por alguém, viva. Se não for correspondida, direcione esse sentimento para outra coisa, mas, por favor, não deixe de estar nessa vida sem estar apaixonada. É bom demaisssss!
Dominguemos, Amém!