Passei a ser a mais nova seguidora de São Longuinho!

Depois de ser convencida pela maior influencer do santo e hipnotizada por seus lindos olhos azuis, passei a “seguir” São Longuinho. Aposto que você, também, depois de ler essa história!

Foto: reprodução

Hoje vou contar uma das histórias da Karol, minha prima mais nova.

Lembro tão bem no dia que ela chegou ao mundo. Juro por Deus! Caía uma chuva torrencial em Fortaleza. Fui visitá-la na maternidade da Base Aérea. Era uma bebê linda, e os olhos pareciam duas “bilas” bem azuis.

Foi minha vizinha nos três primeiros anos de vida dela. Sapeca e muito falante (coisa que nunca deixou de ser). Sempre fomos como de irmãs, e isso é até hoje.

Quando engravidei dos gêmeos, perguntei a ela, o que achava de alguns nomes que tinha escolhido e, como uma boa aquariana, conversando com uma capricorniana, decidimos, rapidamente, que o afilhado dela seria chamado de Gustavo. Com esse “S” bem chiado, porque a Karol já mora no Rio desde quando saiu de Fortaleza.

Mais carioca que cearense, puxa os “esses” e os “erres”, tem um vastíssimo vocabulário de palavrões, manda ver nas gírias. Tem energia carregadíssima, sabe tudo sobre todas as coisas da vida, da casa, do filho, do cachorro, do carro, dos afilhados, de culinária, de decoração, do mundo todinho...parece que tem um wi-fi que nunca perde o sinal!

Ela já foi designer de jóias de uma marca internacional e largou tudo, porque optou em cuidar da casa e da família. Segundo ela, expressando com velocidade 2 de whattapp:

- Cara, “na boa”, é a “empresa” que mais me dá mais trabalho...

Agora, depois de uma rapidíssima apresentação da Karol, vou contar um momento muito engraçado que tive com ela essa semana, aqui no Rio.

Depois de um passeio meio hard e sem muito sucesso até o alto da Pedra Bonita, o tempo fechou e não vimos o Rio como queríamos e prevíamos. As fotos mega “instagramáveis”, também, caíram por terra.

Para compensar o insucesso do programa convidei a Karol para almoçar no restaurante Mercearia da Praça, em Ipanema.

Já sentadas à mesa, Karol, ainda a mil por hora, começou a tagarelar contando que tinha ganho da sogra, D. Yvonette, uma pulseira, aparentemente, simples mas toda de ouro vermelho, pesada, com pedras de águas marinhas.

A sogra, quando presenteou a nora com inestimável peça de família, disse que lhe oferecia com amor, porque sabia que seria a pessoa certa para fazer um melhor uso. A resposta foi na lata:

- Pode passar e deixa comigo, sogrinha.

Da pulseira, Karol conseguiu fazer várias peças: um par de brincos, um anel, um pingente e a própria pulseira que foi polida e rodinada em ouro branco fazendo um destaque para as pedras de água marinha.

Nesse momento, Karol começou a contar a saga da pulseira que atraiu a atenção das pessoas que estavam no restaurante. Ela disse, em alto e bom tom que tinha ido ao shopping com o filho, com a pulseira nova e, quando chegou em casa, percebeu que a peça tinha caído. Ficou desesperada!

Foi, nesse momento, que os ocupantes das mesas começaram a ativar os coletores de informações. Sabe aquela coisa de cena paralisada? Ela passou a descrever a história com riqueza de detalhes: carregando no chiado do “os” e dos “erres”, falando palavrões, citando mil vezes o nome no marido (Gilberrrrrrrrrrto) e arregalando os olhos bem azuis.

Foto: arquivo pessoal

De repente, olhou para mim, pegou no meu braço e disse:

- Jê, eu rezo muito, cara. Tu não reza, não?

- Rezo. (Disse eu, em tom de voz bem mais baixo).

- Cara, eu rezo “muuuito” mesmo para São Longuinho. Cara, eu peço tanto as coisas para ele que tem hora que acho que ele tá de saco cheio de mim, cara! Ele sempre me ajuda. Tenho muita fé nele. Não falha! Ele deve pensar: “Pô, lá vem a Karol de novo, mas eu sempre digo com jeitinho: “ow”, meu São Longuinho, só mais dessa vez, me ajuda. Dessa vez, né, foi a pulseira que a D. Yvonette me deu...O senhor conhece o Gilberrrto: vai me “trucidar”, São Longuinho! O senhor sabe que ele é o “Cavaleiro do Apocalipse”...

- Cavaleiro do quê? – interrompi

- Do Apocalipse! Que só pensa que tudo pode dar errado no futuro!

- Continua, Karol!

- Procurei no carro todinho e voltei no shopping, Jê. Até lá, fui rezando para São Longuinho sem parar. Eu me balançava que nem um “João teimoso” e prometia que daria os três pulinhos se achasse a pulseira.

Enquanto isso, o público do restaurante todinho, ia ouvindo tudo.

Na minha cabeça, imaginava a cena, mas também, fiquei pensando em São Longuinho. Quem seria ele mesmo? Teria existido? Que poder tinha o tal santo? Por que essa história dos três pulinhos?

Karol continuou:

- E aí, Jê, entrei no setor de achados e perdidos, perguntei se alguém tinha visto uma pulseira grossa, com pedras. Foi nesse momento, que chegou um segurança completando a descrição da minha pulseira e eu disse: essa mesma, o senhor viu? E ele puxou e meu deu a pulseira.

Foto: arquivo pessoal

- Então, Karol? Você agradeceu e deu os 3 pulinhos?

- Cara, agradeci, imensamente, ao segurança, contive meus pulinhos ali, mas, quando saí do shopping, pulava para São Longuinho que nem uma louca. Ele nunca na vida falhou comigo. Jê, reza, cara, ele é bom! É um santo parceiro!

Salva a minha pele, sempre. Até o “Gilberrrto”, mesmo sendo o “Cavaleiro do Apocalipse”, acredita.

Tenho certeza de que São Longuinho, naquele momento, conquistou vários fiéis naquele restaurante, depois daquela história contada por sua melhor influencer Karol Gurgel.

Eu mesma, quando cheguei em casa, fui atrás de saber quem foi São Longuinho. Ele foi chefe dos soldados romanos da época de Jesus Cristo. Era muito baixinho e quando tinha festas em Roma, sempre encontrava pertences de pessoas que perdiam seus objetos e, logo, devolvia aos seus donos. A fama fez com que todos pedissem a sua ajuda para encontrar o que tinham perdido. Como forma de agradecimento, ofereciam três pulinhos (ele era manco) e uma oração.

Quem, assim como eu, gostou dessa história e passou a “seguir” São Longuinho, deixo a oração do santo para não esquecer de associar aos 3 pulinhos:

"Ó glorioso São Longuinho, a vós suplicamos, cheios de confiança em vossa intercessão. Sentimo-nos atraídos a vós por uma especial devoção, sabemos que nossas súplicas serão ouvidas por Deus nosso Pai, se vós tão amado por Ele, nos fizer representar. Lembrai-vos São Longuinho, prodigiosamente tocado pela graça de Jesus agonizante, em sua última hora, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que recorrem a vossa proteção, fosse por vós desamparado. Assim, dignai-vos interpor em meu favor, vossa valiosa intercessão perante Deus, para que me conceda viver e morrer como verdadeiro cristão, e me auxilie a encontrar o objeto que tanto necessito. Amém. Dizer o nome do objeto que procura e rezar um Pai Nosso e uma ave Maria".

DOMINGUEMOS, AMÉM!