Em 23 de outubro de 2021, na retomada dos encontros regionais do PDT, no município de Crateús, o senador Cid Gomes fez uma previsão do desempenho eleitoral que o ex-ministro e pré-candidato a presidente, Ciro Gomes, deveria alcançar para ter chances de ser eleito nas eleições um ano depois, em outubro de 2022.
Ao discursar para correligionários, Cid critica o Governo Bolsonaro e pontua que, à época, o presidente da República alcançava nas pesquisas em torno de 25% das intenções de voto. Seis meses à frente, em abril de 2022, o senador projetava uma queda de 5%. "Queria receber esse presente de aniversário porque meu aniversário é em 27 de abril", diz Cid em um vídeo que circulou nas redes sociais.
Daí ele parte para avaliação do que deveria ser o desempenho de Ciro no mesmo período.
"O Ciro hoje nas pequisas está com 10% - tem umas que bota 12%, 13%, tem cenário que já deu até 14%. Se o Ciro chegar a 15%, em abril, se Deus quiser, no dia 27... Aí o Roberto Cláudio já antecipou aqui: 'morreu maria preá' ou 'viveu maria preá' - porque eu prefiro trabalhar com a vida -, o Ciro será o presidente do Brasil", apostava o pedetista.
Abril de 2022
O cenário que se mostra na data esperada por Cid, no entanto, está longe de atingir a previsão para o desempenho do irmão. Pesquisa Ipespe divulgada na sexta-feira (6), avaliando o panorama eleitoral justamente do período ao qual o pedetista se refere, aponta Ciro Gomes com 8% das intenções de voto.
Bolsonaro, ao invés de cair, aparece com 31% na pesquisa. À frente, está Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 44%. João Dória (PSDB) soma 3% das intenções de voto, seguido por André Janones (Avante), com 2%. Simone Tebet (MDB) e Felipe d'Ávila (Novo) estão empatados com 1%.