O porto seco a ser implantado em Quixeramobim, no Sertão do Ceará, proporcionará uma redução do custo logístico no transporte de cargas. Segundo Ricardo Azevedo, CEO da Value Global Group, empresa responsável pelo projeto, a estimativa é baratear de US$ 20 (R$ 120) a US$ 30 (R$ 180, na cotação do dia 28/11) por tonelada de carga.
Essa diminuição pode resultar em preços mais baixos dos produtos para o consumidor final, caso seja repassada. Ricardo participou nessa quinta-feira (28) da Expolog, no Centro de Eventos, em Fortaleza.
O terminal logístico já recebeu investimentos privados da ordem de R$ 625 milhões, com a expectativa de alcançar o montante de R$ 1 bilhão. Atualmente, a empresa aguarda o licenciamento ambiental para iniciar a terraplanagem da área, prevista para janeiro de 2025.
“O governador Elmano de Freitas disse que vai ajudar nesse processo, sempre dentro da lei, já que é muito importante para o Estado e vai gerar 10 mil empregos até 2027", afirmou Azevedo. O porto, estimou, deve obter um faturamento entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões em 2026, podendo chegar a R$ 95 milhões na segunda fase.
Quais empresas estarão no porto seco do Ceará
Segundo Azevedo, empresas como a petroleira Vibra (antiga BR distribuidora) e a Caju Alimentos irão operar no complexo.
Atualmente, 12 pré-contratos foram assinados por empresas interessadas em se instalar no porto seco de Quixeramobim. Os nomes das demais marcas não foram divulgados.
Entenda o papel do porto seco
O porto seco constitui um terminal logístico que opera como extensão dos portos marítimos, otimizando os processos de exportação e beneficiando-se de incentivos fiscais.
No caso específico do Ceará, a infraestrutura ocupará uma área de 360 hectares e contará com diversas instalações, tais como usina solar, área para armazenagem de grãos e tanques, heliponto, pátio de contêineres, pátio de minérios, além de áreas administrativas e de serviços.