Sucessão municipal: Gestão tem time de candidatos a vereador

O fim do prazo para filiações partidárias e desincompatibilização para quem pretende se candidatar nas eleições deste ano revelou parte da estratégia do PDT para o pleito que se aproxima, ainda que cercado por incertezas. Uma legião de ex-auxiliares do prefeito Roberto Cláudio, a maioria de postos estratégicos na gestão, deve se candidatar a vereador e fazer, assim, a defesa da gestão que ainda não tem definido o candidato a prefeito, mas vai brigar para se manter no poder. 

Aliados

A edição de sexta-feira (3) do Diário Oficial do Município trouxe a exoneração de mais de 30 ocupantes de cargos comissionados estratégicos para fins de cumprir a determinação da lei de afastamento, seis meses antes do pleito. São pessoas filiadas a diversos partidos da base aliada, principalmente aos mais próximos ao Paço Municipal que são, além do PDT: PSB, PSD, PP, Rede e DEM. Além dos interesses individuais de alguns deles que envolve atuação em bairros da Capital, há uma estratégia da gestão de indicar candidatos em áreas centrais como Mobilidade Urbana, Saúde e Educação.

Densidade popular

Um dos líderes do partido no Estado, o senador licenciado Cid Gomes tem reconhecido que o PDT não tem um nome com “densidade popular” no momento para disputar a Prefeitura. Por isso, defende ele, a estratégia deve ser focar na gestão. O próprio prefeito Roberto Cláudio, antes mesmo da crise do coronavírus, vinha evitando falar sobre nomes para o executivo.

PSB em crescimento

A filiação de Elcio Batista, o chefe da Casa Civil do Governo Camilo Santana, ao PSB o coloca, de vez, no debate de sucessão municipal em Fortaleza. O partido, aliás, está montando uma forte chapa de candidatos, inclusive o líder do prefeito na Câmara, vereador Ésio Feitosa. Após a janela partidária, são duas cadeiras ocupadas pelo partido na Câmara de Fortaleza – antes, a sigla não tinha vereador na Capital. Ao ganhar corpo, o PSB, mais do que nunca, se apronta para, em uma hipótese não improvável, receber o governador de olho em 2022.

Consignados

Um grupo de servidores públicos estaduais está disposto a ir à Justiça para tentar forçar o Bradesco, banco que detém os créditos consignados do funcionalismo público, a negociar uma suspensão dos pagamentos em meio à pandemia. A ideia tem apoio de um grupo de deputados estaduais, entre eles Osmar Baquit. Em contato com esta coluna, alguns servidores se queixam da negativa do banco.