Governo prepara em fase final reestruturação da carreira policial

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O Governo do Estado já chegou a uma decisão, que está em fase de finalização, sobre a nova reestruturação da carreira policial. Os ajustes finais do projeto, conforme esta coluna informou na semana passada, apontam, de forma global, a um impacto para os cofres públicos de R$ 440 milhões, até 2022, com o incremento salarial para policiais civis e militares, bombeiros e agentes a da Perícia Forense. Antes de estar pronta para ir à Assembleia, ainda neste mês, a proposta já mobiliza categorias e tem focos de insatisfação com os números. 

Na base da pirâmide, encontra-se a principal divergência, que é a remuneração dos soldados. A proposta é que, até 2022, o salário base suba de R$ 3.475,74 para R$ 4.206,23. A representação da categoria considera que o valor fica abaixo da inflação. O Estado pondera o momento de crise e destaca que a remuneração recebe um acréscimo considerável quando se agregam as metas por desempenho, como a redução de homicídios e apreensão de armas e munições. Hoje, segundo a SSPDS, um soldado chega a receber R$ 4.968,64 como remuneração, incluindo as gratificações.

limites do debate

Na retomada dos trabalhos da Assembleia, este deve ser um dos assuntos mais comentados. Inclusive, o governador Camilo Santana é aguardado para levar a mensagem governamental. É natural haver divergências quanto às propostas em discussão. Na democracia é assim. Entretanto, vêm circulando em grupos nas redes sociais, mensagens ameaçando greve na Polícia, o que é inaceitável. É, inclusive, inconstitucional. É até papel das lideranças do movimento rechaçar qualquer tipo de insinuação neste sentido.

Uso da máquina

Ainda espera julgamento no Tribunal Regional Eleitoral, uma ação da Procuradoria Regional Eleitoral contra o deputado estadual Sérgio Aguiar (PDT). Segundo a investigação do MP, houve suposto uso da máquina pública em favorecimento da candidatura do parlamentar. Ontem, esta coluna abordou, com grande repercussão, os bastidores do julgamento de ações eleitorais que podem levar à cassação de dois deputados federais cearenses pelo TRE-CE. O caso de Sérgio está nas mãos do relator David Sombra e é referente a 2018.

Jogou a toalha

Entusiasta de uma aliança na Capital entre PT e PDT, o deputado Acrísio Sena (PT) parece que está jogando a toalha. Ele considera parecerem “cristalinos” os planos de candidatura própria de lado a lado. Parceria? Só no segundo turno.