Ministro da Educação, o cearense Camilo Santana (PT) está cada vez mais próximo do Palácio do Planalto e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As ações desenvolvidas pelo MEC sob comando do ministro - e a divulgação delas - estão sendo citadas pelo presidente como exemplo do que os ministros devem fazer em um momento que o governo perde popularidade.
Esse, inclusive, foi um dos temas mais abordados por Lula com os auxiliares do primeiro escalão na reunião ministerial desta segunda-feira (18), em Brasília. O primeiro encontro do ano entre o chefe do Executivo e os auxiliares teve resgate de projetos do novo governo e cobrança para que os ministros rodem o País apresentando as políticas públicas implementadas pela gestão federal.
Recentemente, o Ministério da Educação lançou o programa Pé-de-Meia que prevê repasse de recursos a adolescentes e jovens que estão no ensino médio. Um projeto bilionário que deverá chegar a 2,5 milhões de brasileiros.
Lula entende que iniciativas como esta devem ser levadas ao conhecimento da população e da mídia em todas as regiões do País. E é isso que Camilo Santana está fazendo. O programa tem lançamento por estado. A ideia é ir a todo o País. Até agora, Camilo liderou a caravana do MEC no Espírito Santo, na Bahia e veio ao Ceará na semana passada.
O ministro informou, inclusive, que o benefício, específico para os jovens cujas famílias estão inscritas no CadÚnico, vai começar a ser pago ainda neste mês.
Em meio à crise na queda de popularidade do governo, na semana passada, o presidente Lula convocou para uma reunião os ministros que foram governadores dos estados antes da experiência na Esplanada dos Ministérios.
Camilo Santana, Welington Dias, Renan Filho, Rui Costa e até o senador Jaques Wagner participaram do encontro em que o presidente consultou os auxiliares sobre como terminaram a gestão com bons índices de popularidade, conseguindo eleger seus sucessores, como é o caso do ex-governador cearense.
Nos bastidores, algumas ações do Ministério da Educação vêm sendo criticadas por correligionários do ministro, dentro do próprio PT. O chamado ‘fogo-amigo’ tem se intensificado com a proximidade dele com o Palácio do Planalto.