Torcida para Betânia substituir a Danone

Duas fontes do setor industrial de laticínios disseram ontem a esta coluna que "o ideal para o Ceará e para o governo do Estado" seria se a cearense Betânia Lácteos adquirisse a fábrica de iogurte que a multinacional Danone fechou ontem em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza. "Os empregos seriam mantidos", explicaram. A Danone fechou-a porque, de 2012 até este 2020, suas vendas despencaram e inviabilizaram a operação. Líder do mercado de lácteos da região Nordeste, a Betânia e seus sócios e diretores nada disseram até agora sobre a possibilidade. Ela produz iogurte em suas fábricas no Ceará, Pernambuco, Sergipe e Bahia. A unidade fechada pela Danone em Maracanaú é muito moderna e, além dos seus equipamentos, tem um quadro de técnicos que também interessa à Betânia e a outras indústrias de laticínios. A Cambi Laticínios, do empresário José Antunes Mota, que produz queijos e requeijão, está, desde ontem, comprando leite que era destinado à Danone.

Senai-ceará

Depois de haver, em tempo recorde e logo no início da pandemia, consertado 106 ventiladores pulmonares e criado, em parceria com a Esmaltec, o Elmo - equipamento de oxigenação assistida que evita a intubação do paciente em 60% dos casos- e de ter confeccionado centenas de milhares de máscaras de tecidos e de TNT doados aos hospitais, centros de saúde e UPAs e aos funcionários das empresas industriais cearenses, o Senai-Ceará criou, neste mesmo período de crise sanitária, 26 novos cursos em EAD - Educação a Distância. Cumprindo instruções do presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, o Senai, cujo diretor-geral é Paulo André Holanda, manteve-se em permanente operação, respeitando os protocolos sanitários, o que foi essencial para o êxito da ajuda que vem prestando ao governo do Estado no combate à Covid-19.

Exportando

Produzindo 5 mil redes por mês - parte para exportação - a Ramalho Têxtil, dirigida por Emílio Ramalho, cujo pai, Aluísio, é o presidente do Sindiredes, aguarda a chegada de outubro, quando retornarão os voos de Fortaleza para a Europa. Hoje, a exportação se faz via S. Paulo, onerando o custo, alonga o tempo de viagem e atrasando a entrega ao importador europeu. A indústria de redes passou 70 dias desativada.

Gigante brasileira da construção civil, a MRV tem novo empreendimento - o Parque Donatello. Será em Messejana, terá 30 unidades residenciais distribuídas em 30 blocos. Ele integrará o complexo Fonte das Artes, que tem o já entregue Parque Michelangelo, e o Parque Da Vinci, com 90% vendidos. VGV do Donatello: R$ 70 mi.

Inexplicável toda a lentidão do Congresso de retardar a aprovação das reformas Administrativa, Tributária e Política, que são essenciais para que o Brasil volte a crescer. E o Executivo não acelera o leilão do 5G, nem a continuidade da Reforma Trabalhista nem o novo marco regulatório do setor elétrico. Será o demônio?