Informa a esclarece o secretário de Recursos Hídricos do Governo do Ceará, engenheiro Francisco Teixeira:
As águas do Sertão Central, ao contrário do que disse hoje a esta coluna o agrônomo e agropecuarista José Maria Pimenta, ex-presidente da Ematerce, são usadas para o abastecimento humano de cidades da própria região.
O secretário Teixeira explica, de forma didática:
“Desde 2014, o açude Banabuiú está fechado, ou seja, não fornece água para os projetos de irrigação de Morada Nova e Tabuleiros de Russas. O Banabuiú, hoje, faz pequenas liberações para atender, unicamente, o abastecimento humano.”
Teixeira prossegue, usando sua habitual tranquilidade:
“Esse açude está sendo preservado para receber o grande sistema adutor Banabuiú-Sertão Central, que, através de quase 700 quilômetros de tubos, atenderá nove sedes municipais e 38 distritos daquela região. Os demais reservatórios do Sertão Central são pequenos, quase todos colapsados por esta grande seca de quase sete anos. Por conta disto, a prioridade do governo do Estado é dar partida do Projeto Malha D’água nessa região.”
Mantendo a mesma tranquilidade, mas anunciando boas notícias, o secretário de Recursos Hídricos retoma a palavra para transmitir o seguinte:
“No dia 6 do próximo mês de maio, receberemos as propostas das empresas que se habilitaram à licitação que estamos promovendo para a execução das obras desse grande sistema adutor.”
Retomando o fio da meada, ou seja, respondendo à crítica do agrônomo José Maria Pimenta, segundo quem a política de Recursos Hídricos do Governo do Estado está errada, pois deveria abastecer a Região Metropolitana de Fortaleza somente com as águas do Projeto São Francisco, preservando as do Sertão Central para a irrigação da região, o secretário Francisco Teixeira pormenoriza:
“O que ele diz não corresponde à verdade, porque todos sabemos que o açude Banabuiú está hoje com apenas 10% de sua capacidade, tendo chegado a ter próximo de 15%. Ele está sendo preservado, repito, para o abastecimento humano da grande região do Sertão Central. Os pequenos reservatórios privados e comunitários lá existentes atendem às comunidades da região e à bacia leiteira regional, não existindo, pois, o fato de que o Sertão Central manda água para a Região Metropolitana de Fortaleza.”
Finalizando, Teixeira afirma:
A Região Metropolitana de Fortaleza é hoje abastecida pelas águas do Projeto São Francisco, as quais chegam ao açude Castanhão e daí são transferidas para a capital através do Eixão das Águas.”