Sucessão de Camilo Santana: Roberto Cláudio é o candidato

Acordo celebrado por PT e PDT garante a candidatura do ex-prefeito de Fortaleza ao governo do Estado em 2022. E mais: 1) Profissionais de eventos pedem socorro, 2) Novo marco da ZPE beneficia a do Pecém; 3) Maior fazenda de acerola do mundo está em Ubajara

Esta coluna divulgou ontem, com base em duas fontes, que o nome da vice-governadora Isolda Cela surgiu como alternativa da coligação PT-PDT ao governo do Estado na eleição de 2022.

Imediatamente, uma fonte primária transmitiu a esta coluna a seguinte mensagem:
 
“O candidato a governador da atual força que está no poder já tem nome e endereço. Pode acreditar”.

O mensageiro não citou o nome do candidato, mas referia-se ao do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio Bezerra, cuja gestão foi e segue muito bem avaliada pela população, de acordo com as pesquisas da época e as de agora.

Apoiado por uma coligação de 19 partidos, liderados pelo PT e pelo PDT, Roberto Cláudio foi eleito prefeito de Fortaleza em 2012 e reeleito, com o mesmo apoio, em 2016. 
 
Antes do fim do mandato do então governador Cid Gomes, petistas e pedetistas reuniram-se e celebraram, em 2014, um acordo que assegurou a candidatura e a eleição de Camilo Santana ao Palácio da Abolição e, também, a de Roberto Cláudio ao mesmo endereço, no pleito que se dará em outubro do próximo ano. 

O PT de Camilo Santana e o PDT dos Ferreira Gomes são, pois, partidos que respeitam os acordos. Assim, não passará de mera especulação qualquer informação que contrarie o acordado em 2014.

PROFISSIONAIS DE EVENTOS PEDEM SOCORRO

Há uma clara contradição entre a posição do governo do Estado, que segue restringindo a realização de eventos sociais, e o que, na verdade se registra em Fortaleza, em sua Região Metropolitana e nas cidades e distritos do interior.
 
Exemplo: das 22 horas de sábado às 4 horas da manhã de domingo, houve uma festa “rave” na Prainha, em Aquiraz, um dos mais visitados pontos turísticos do Ceará. Estiveram lá mais de 200 pessoas, a maioria jovens, aglomeradas e felizes da vida pelo ritmo da música e pelo estímulo etílico, o que amplia o sentimento de felicidade.

Durante toda a festa, ficaram insones centenas de pessoas que foram à belíssima Prainha no último fim de semana em busca de momentos de paz silenciosa. 

Em nenhum momento, a Polícia interveio para que se fizesse cumprir a ordem do decreto governamental. A Prainha, porém, fica bem distante da Aldeota, cuja população segue à risca os regulamentos impostos pela pandemia.
 
No domingo, as praias de Fortaleza estiveram lotadas. E os ônibus repetiram sua rotina dos demais dias da semana, transportando, superlotados, gente feliz pelo direito de ir e vir.

Ora, por que continuar proibindo casamentos, festas de aniversário e eventos afins, que podem realizar-se sob o rigor dos protocolos estabelecidos pelas autoridades sanitárias?

Há uma multidão de profissionais que pede socorro, porque desde março de 2020 estão privados do trabalho que lhes dá o seu sustento e o de suas famílias. 

São músicos, humoristas, garçons, mestres de cozinha, auxiliares de cozinha, cerimonialistas, fotógrafos, iluminadores, técnicos de som, eletricistas, operadores de geradores de energia, locadores de veículos, profissionais de segurança, gerentes e funcionários de bufês e casas de show, enfim, trabalhadores que precisam de retomar suas tarefas.
  
Em mensagem a esta coluna, eles pedem muito pouco: o direito de trabalhar.

NOVO MARCO DAS ZPEs BENEFICIA A DO PECÉM

Carlos Prado, vice-presidente da Federação das Indústrias do Ceará, chama atenção para a importância da Lei, sancionada há uma semana pelo presidente Bolsonaro, que cria o novo marco regulatório das Zonas de Processamento para a Exportação, as ZPEs.

A ZPE do Ceará, localizada no Complexo do Pecém, foi a primeira e é a única a funcionar no Brasil. 

Na sua geografia está a usina da Companhia Siderúrgica do Pecém, agora liberada para vender 100% de suas placas de aço no mercado brasileiro.

Antes dessa Lei, as empresas instaladas dentro de uma ZPE – que é uma zona alfandegada, sob vigilância da Receita Federal – só podiam vender 20% de sua produção para o mercado interno brasileiro. Agora, podem vender 100% do que produzem.

“Isso será um grande estímulo para a ZPE do Ceará e, ainda, um importante incentivo para as futuras zonas que vierem a instalar-se no país”, comenta Carlos Prado.

Neste momento, a ZPE do Pecém executa obras de infraestrutura na área de mais de 1,2 mil hectares que servirá para a sua expansão. 

É nessa área, segundo informa Carlos Rubens Alencar, presidente do Simagran-Ceará, que serão implantadas as fábricas de beneficiamento de mármores e granitos do Espírito Santo que já operam no Ceará extraindo, cortando e exportando blocos de rochas “in natura” para vários destinos, entre eles os Estados Unidos, a Itália e a China.

ACEROLA: MAIOR FAZENDA DO MUNDO EM UBAJARA

Impressionam os números da fazenda da multinacional Amway Nutrilite localizada na geografia do município cearense de Ubajara, na Chapada da Ibiapaba.

Com 1.300 hectares, ela é a maior do mundo na produção de acerola orgânica – na área, são cultivados mais de 200 mil pés de planta dessa fruta rica em vitamina C.

A fazenda produz, anualmente, 10 mil toneladas de acerola. Em uma área de 42 hectares, um viveiro garante a produção de 50 mil mudas por ano..

Estão integrados à fazenda da Amway Nutrilite em Ubajara 112 produtores.

Em cada safra, são utilizadas 3,5 toneladas de compostagem e biofertilizantes.

Resumindo: a fazenda cearense da Amway Nutrilite opera segundo os padrões ESG (ambiental, social e governança, na sigla em inglês).

NINGUÉM AGUENTA MAIS REUNIÃO VIRTUAL

Grupos de pessoas, inclusive de empresários, já não suportam mais reunir-se por vídeo conferência, e já retomam os encontros presenciais, uma vez que os virtuais vinham perdendo audiência pela chatice que se tornou esse tipo de contato.

Nos grupos em que predominam pessoas acima de 60 anos, ficou mais fácil retornar ao modelo antigo, presencial, de reunião – todos já tomaram as duas doses da vacina contra a Covid.

Os mais jovens desses grupos, incentivados pelo desejo dos mais idosos de reatarem o contato físico, têm concordado com a, digamos assim, volta ao passado.
 
Aos poucos, a normalidade da vida vai voltando. Amém!

É IMPOSSÍVEL FICAR RICO NO SERVIÇO PÚBLICO. OU NÃO?

Esta coluna já o disse e o repete agora: é impossível para um servidor público – seja ele um simples auxiliar administrativo ou um alto hierarca do Poder Judiciário ou mesmo o presidente da República ou da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal – construir patrimônio pessoal dispondo apenas dos seus vencimentos mensais.

A não ser que esse servidor seja rico de origem, tenha recebido uma gorda herança ou tenha acertado as seis dezenas da mega-sena, é e será, repitamos, impossível erguer um patrimônio exclusivamente sustentado pelos vencimentos ou aposentadorias de funcionário público, qualquer que seja o seu nível hierárquico.

Quando mostram sinais exteriores de riqueza o vereador, o deputado, o senador, o governador, o presidente da República, o desembargador, o ministro de um tribunal superior ou o diretor de departamento de Ministério, de Secretaria de Estado ou de Município levanta-se a suspeita de que alguma coisa está errada.

Quando isso acontece e a Polícia abre inquérito para investigar as suspeitas, a verdade logo vem à tona e aí se descobre a fraude na licitação, a venda de sentenças, o desvio de dinheiro público que deveria ir para a compra de remédio, para a merenda escolar ou para a construção de uma estrada com material de boa qualidade, enfim, emerge o crime. 

Mas isso também acontece na iniciativa privada. Há casos em que o chefe do departamento de compras de uma grande companhia passa a ganhar dos seus fornecedores, por ele privilegiados, duas ou três vezes mais do que lhe paga o patrão.
 
Mas neste caso, quando isto acontece, imediatamente o funcionário é demitido por justa causa, desde que provado o crime.

Na tradição do serviço público brasileiro, detalhadamente copiado nos níveis estadual e municipal, não é assim que se passa. São raríssimos os casos de demissão de servidor público por causa do cometimento dos crimes acima citados.
 
Assim, estimulados pela impunidade, servidores públicos desonestos – em todas as repartições dos três poderes da República, nas esferas federal, estadual e municipal – seguem praticando o crime e ampliando seu patrimônio pessoal.

No Ceará, são conhecidos e comentados os casos de gestores públicos que, em pouco tempo, mudaram o padrão de sua vida, aparecendo de uma hora para outra com caminhonete blindada e com uma casa nova na cidade e outra na praia. 
  
Vale lembrar: isso acontece na democracia ou na ditadura, no capitalismo ou no socialismo. É sempre a cúpula dirigente, com raríssimas exceções, raríssimas mesmo, que se beneficia desses crimes.

M. DIAS BRANCO E FIEC TORNAM-SE PARCEIRAS

Líder do mercado nacional de massas e biscoitos, a cearense M. Dias Branco terá o apoio do Observatório da Indústria e do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) para tornar mais robusta sua presença no mercado internacional. 

As duas plataformas da Fiec estão a desenvolver uma solução de ciência de dados que irá subsidiar os novos passos de M. Dias Branco no seu processo de internacionalização. 

A solução transformará dados em informações valiosas sobre os mercados mais estratégicos para os produtos da empresa, levando-a a alcançar seus objetivos e a potencializar seus resultados.
 
Esse trabalho parte da coleta de informações de uma ampla base de dados do comércio internacional global, com mais de um trilhão de registros de todas as relações comerciais mundiais, e segue com a identificação nesse mar de dados dos países com maior potencial para os produtos da M. Dias Branco.
 
Isso permitirá que a empresa, que hoje exporta para 42 países de todos os continentes, possa prospectar novas oportunidades em sua rota de internacionalização.

CERBRAS ANTECIPA 13º DE QUEM SE VACINA

Industria cearense de porcelanato, a Cerbras adotou uma boa iniciativa: para incentivar seus colaboradores a vacinarem-se contra a Covid-19, a empresa lançou o programa “Primeira Dose, Primeira Parcela”.

Traduzindo: ao apresentar o comprovante de que tomou a primeira dose da vacina, ele recebe a primeira parcela do 13º salário. Até ontem, 403 funcionários já haviam sido vacinados.

O ALTO FORNO E A QUALIDADE DO AÇO DA CSP

Em junho de 2016, foi ligado e desde então opera o alto forno da usina da Companhia Siderúrgica do Pecém.
 
Sob uma temperatura de 2.000 graus centígrados e com mais de 100 metros de altura, esse alto forno é a peça principal da siderúrgica.

Ele ajuda a produzir mais de 300 tipos de placas de aço, exportadas pela CSP para clientes de mais de 20 países, tendo já conquistado as certificações de Qualidade (ISO 9001), Meio Ambiente (ISO 14001) e de Alta Tecnologia (International Automotive Task – IATF, Maxion Wheels, Siemens Gamesa, Caterpillar e Scania).