Secretário Maia Júnior: 'É preciso sentar à mesa para salvar o País'

Na sua opinião, “falta um pacto político que permita o encaminhamento e a aprovação das reformas de que o País precisa para sair do atoleiro fiscal em que se encontra”.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet) do Governo do Estado, Francisco Maia Júnior, “as coisas começam a tomar rumo”. 

Ele se refere à reativação da atividade econômica que, no Ceará, acontece de um modo mais acelerado do que no País como um todo. E aponta para alguns setores onde essa reativação se registra em maior velocidade, como o da indústria, o do comércio e o dos serviços. 

“Mas precisamos melhorar a movimentação portuária, que ainda não recuperou os níveis de antes da pandemia”, acrescenta Maia Júnior, chamando, porém, atenção para o crescimento dos embarques de pás eólicas que, fabricadas no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, são exportadas para os EUA e a Europa, além de atenderem o mercado interno brasileiro. 

O secretário revela que há forte e progressivo crescimento do setor de embalagens e, também, incremento do consumo de energia elétrica no setor industrial, “que são sinais positivos de reaquecimento da economia”. 

Na opinião de Maia Júnior, “teremos, no Ceará, um fim de ano bem melhor do que prevíamos em junho e julho”. 

Mas ele arregala os olhos ao advertir: “O que me preocupa, e muito, é 2021. O próximo ano não será fácil”. 

Na sua opinião, “falta um pacto político que permita o encaminhamento e a aprovação das reformas de que o País precisa para sair do atoleiro fiscal em que se encontra”. 

Entende o titular da Sedet que “é hora de os líderes políticos sentarem à mesa para salvar o país”. 

Maia localiza na questão fiscal a raiz da crise, mas para resolvê-la “será necessária a convergência dos três poderes”, onde dominam as corporações que, olhando apenas para o umbigo dos seus próprios interesses, olvidam os da Nação. 

Ele considera fundamental o respeito ao teto dos gastos. Ultrapassa-lo será transmitir um péssimo sinal para os investidores. Mas o secretário está otimista, pois, agora, estão novamente caminhando para o mesmo objetivo o Parlamento e o Executivo.

BANANA

Desembargadores do Tribunal de Justiça do Ceará surpreenderam-se com a informação de que este é o único estado do País que proíbe a pulverização aérea de áreas agrícolas. 

Por causa dessa proibição, o Ceará, que produzia, até o ano passado, 18 mil toneladas de bananas/ano, produz hoje apenas 12mil toneladas, perdendo a liderança nacional das exportações dessa fruta. 

E mais: a Costa Rica, um dos maiores produtores mundiais de banana, faz até duas aplicações aéreas por semana. 

No Ceará, antes da proibição, eram feitas, no máximo, duas aplicações por ano. Por ano! Que retrocesso. 
  
LEITE

Na região Nordeste, a cadeia produtiva do setor leiteiro tem números impressionantes. 

Eis só um deles: há, no Nordeste, 353 mil produtores de leite, 90% dos quais são de pequeno porte. Desse total, 77 mil estão no Ceará. 

Essa multidão de pequenos produtores deleite precisa de permanente assistência técnica que, hoje, pelo avanço da tecnologia da informação (telecom), exige conectividade, ou seja, internet de banda larga que permita, por exemplo, por vídeo conferência, a transmissão de palestras técnicas e aulas práticas e teóricas, algo que o Instituto Luiz Girão e o Grupo Betânia já promovem para seus milhares de fornecedores no Ceará, Pernambuco, Sergipee Bahia. 

Resumindo: é preciso levar internet à zona rural nordestina.

FIEC-SENAI

Quando for escrita a história do combate à pandemia da Covid-19 no Ceará, haverá, obrigatoriamente, um capítulo ou mais destinado a destacar o papel da Fiec e do Senai-CE. 

Não apenas na criação e fabricação de novos e na recuperação de antigos  equipamentos e máquinas destinados aos hospitais e de EPIs para os profissionais da saúde, mas também na mobilização do empresariado que, por meio de doações, assegurou o pronto atendimento de algumas das mais urgentes necessidades das autoridades sanitárias do Governo do Estado. 

O presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, é sempre citado como a personalidade que líderou essas ações.

FERIADÃO

No mometo em que o País mais precisa do trabalho de todos para sair da crise em que se encontra, curge um feriadão.

VITÓRIA

Vão bem os dois times cerenses na Série A do Brasileirão. Mesmo com a proibição da presença de público no Castelão, a boa performance do Fortaleza (oitavo colocado) e do Ceará (décimo primeiro) ajuda o turismo, porquemovimenta hoteis e restaurantes.



Assuntos Relacionados