Opinião
São Francisco é obra do estado brasileiro
Hoje é um dia histórico para o Ceará e os cearenses. O presidente Jair Bolsonaro assiste às 11 horas, com o seu ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, um nordestino do RN, e com o governador Camilo Santana, à chegada das águas do Projeto S. Francisco de Integração de Bacias à barragem de Jati, no Sul do Estado, de onde, dentro de 30 dias, quando ela estiver vertendo, partirão para a viagem de quatro meses ao seu destino final cearense - o Açude Castanhão. Trata-se, pois, de um evento econômico, social e político. Econômico, porque essas águas garantirão o abastecimento da população e das indústrias das cidades da RMF, liberando as do Castanhão para a agricultura irrigada do Baixo Jaguaribe. Social, porque as pessoas terão assegurada a oferta de água. Político, porque, nos últimos 150 anos, houve a renovada promessa de sucessivos governos de que o semiárido do Nordeste Setentrional teria o insumo que lhe faltava para crescer, o que só agora é possível, mesmo assim depois de 15 anos de obras e muito dinheiro público investido. Esta coluna faz uma referência aos que permitiram a viabilidade do Projeto: o ex-presidente Lula, que decidiu executá-la, e seu ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, que o convenceu a fazê-la. Mas Bolsonaro e Marinho já estão a dizer: o Projeto S. Francisco é uma obra do Estado brasileiro. Portanto, sem um patrono político.
Duas classes
Agora é oficial: o Supremo Tribunal Federal decidiu que o Brasil é dividido em duas categorias de trabalhadores: os de cima e os de baixo. Os primeiros são os servidores públicos, que, além da estabilidade no emprego, não podem ter reduzidos os seus vencimentos, nem em situação de tragédia pandêmica, como esta da Covid-19. Os trabalhadores de baixo são os da iniciativa privada, que podem ser demitidos e, ainda, ter rebaixados seus salários em até 75% em situação de desemprego causada por crise de pandemia.
Granitos
Boa notícia! O Ceará retomou suas exportações de mármores e granitos para a Ásia. O presidente do Sindicato da Indústria de Mármores e Granitos, Carlos Rubens Alencar, informa que está sendo exportado para a cidade de Xiamen, na China, o equivalente a 90 mil m² do granito Branco Ceará, um dos mais belos do mundo. Para Cingapura, está sendo exportado o equivalente a 25 mil m² do exótico Quartzito Matira, o mesmo que ornamenta o edifício BS Design.
Informa a Secretaria de Finanças da PMF: a partir de segunda-feira, 29, a Sefin retomará o atendimento presencial dos contribuintes. Todavia, subordinado ao protocolo de segurança. A Sefin tem uma meta: fazer crescer a receita tributária do Município, que registrou um tombo espetacular por causa da pandemia do coronavírus
Na votação do Novo Marco Regulatório do Saneamento, 13 senadores votaram contra, 12 dos quais das regiões Norte e Nordeste onde a maioria da população vive sem rede de esgotos e sem água tratada. Parece que manter a situação de pobreza dessas populações é algo interessante para quem faz política nas duas regiões.
