S. Francisco: águas na soleira do cinturão

Uma boa notícia! As águas do Projeto São Francisco de Integração de Bacias (PISF) estão enchendo rapidamente a barragem de Jati, na geografia do município de mesmo nome, no Sul do Ceará. E se aproximam velozmente da soleira do Cinturão das Águas (CAC), construído pelo Governo do Estado, através do qual seguirão viagem para o seu destino final - o gigantesco açude Castanhão. Dentro de, no máximo, 20 dias, essas águas alcançarão o CAC e, por gravidade, descerão no rumo do maior reservatório cearense, obra projetada pelo Dnos (Departamento Nacional de Obras de Saneamento) e construída pelo Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas). Por trás desta notícia, há outra ainda mais importante: os parâmetros técnicos da barragem do Jati, projetada pelos técnicos do antigo Ministério da Integração Nacional (hoje Ministério do Desenvolvimento Regional - MDR) respondem, até agora, às melhores expectativas dos especialistas que a projetaram e dos engenheiros que a construíram.

Tudo segue conforme o planejado, o que alegra o MDR, as autoridades responsáveis pelos recursos hídricos do governo do Ceará, a população da Região Metropolitana de Fortaleza e das cidades do Baixo Jaguaribe e, ainda, os empresários da agropecuária, que terão assegurada a certeza da oferta hídrica que sempre lhes foi uma grande dúvida.

Assim como o PISF, o CAC é uma obra ciclópica, e este ciclo, para fechar, ainda necessitará de alguns investimentos em projetos complementares. Da mesma maneira, o PISF precisará, igualmente, de ser complementado com os ramais do Apodi e do Salgado, que reduzirão distâncias e multiplicarão as possibilidades sociais e econômicas do empreendimento, que é o maior já feito na área dos Recursos Hídricos no Nordeste. O tempo é de pandemia da Covid-19 com sua lastimável tragédia, mas é também de renovada esperança, mesmo porque o presidente da República e seu ministro do Desenvolvimento Regional assumiram publicamente um compromisso de abraçar com o Nordeste.

Inservível

Esta coluna insiste na pergunta que hoje os brasileiros fazemos: para que serve a empresa Correios? Ontem, 31 de julho, um profissional liberal recebeu em seu domicílio, das mãos de um estafeta vestido de amarelo-azul, o boleto bancário cujo vencimento foi no dia 7 do mês passado. O governo pretende privatizar os Correios por esta e outras razões. Se é para entregar com atraso a correspondência do público que o sustenta com seus impostos, por que mantê-lo estatal?

Produtores rurais, que participaram de uma vídeo conferência promovida pelo BNB, pediram que o FNE possa financiar a compra de carros utilitários de cabine dupla a produtores rurais; e que seja proibida a cobrança judicial - neste pandêmico ano de 2020 - das operações de crédito rural que hoje estão inadimplentes.

Empresas de todos os portes e dos mais diferentes setores da economia sabem já que o home office reduziu suas despesas de energia, de encargos sociais e de aluguel de imóveis e de frotas de veículos. Já está provado que o home office veio para ficar. O que ainda não se prova é se todos os que trabalham em casa o fazem com eficiência.



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