Rogério Marinho: uma aula de Brasil para industriais cearenses na Fiec

“Queremos que o Estado deixe de ser perseguidor, como é hoje, para tornar-se parceiro do empreendedor”, disse o secretário especial da Previdência.

Reserva moral da política e da inteligência do Rio Grande do Norte, Rogério Marinho – secretário especial de Previdência do Ministério da Economia – deu na tarde desta segunda-feira, 27, uma aula sobre o Brasil que tínhamos, o que temos e o que pretendemos ter.

Foi na cobertura da Casa da Indústria, sede da Fiec.

Ele falou para mais de 100 atentos e silenciosos empresários e executivos do setor industrial, comercial e da agropecuária cearense, ele abordou o pacote de medidas que o Governo do presidente Bolsonaro promete encaminhar ao Parlamento no início de fevereiro, quando se reiniciarão os trabalhos do Congresso Nacional.

Antes de iniciar sua palestra, Marinho ouviu uma saudação curta do presidente da Federação das Indústrias do Ceará, Ricardo Cavalcante, que lhe apresentou um vídeo de sete minutos, mostrando as virtudes do Sistema S, que no Ceará atende, por ano, mais de 1,5 milhão de pessoas por meio das entidades ligadas à Fiec, à Faec e à Fecomércio.
O secretário Rogério Marinho foi direto ao ponto: “O Brasil é um Estado criador de dificuldades para vender facilidades”.

Acertou na mosca.

Ele explicou o emaranho de centenas de normas e regulamentos que tornam o ambiente de negócios no Brasil algo impraticável, a começar pelos da área trabalhista. “Isso gera corrupção”, assinalou.

A intenção do time do Ministério da Economia, do qual Rogério Marinho é uma estrela de primeira grandeza, é mudar o atual cenário, totalmente contrário a quem quer produzir e trabalhar.

“Queremos que o Estado deixe de ser perseguidor, como é hoje, para tornar-se parceiro do empreendedor”, afirmou ele, listando a PEC do Pacto Federativo, a PEC Emergência, a PEC dos Fundos Públicos, a Reforma Administrativa e a Reforma Tributária como as providências que, no curto prazo, se aprovadas pelo Congresso, mudarão de vez a economia, estimulando os investimentos privados.

Na opinião dele, o Estado brasileiro “é obeso e ineficiente, gasta muito e gasta mal”.

Lembrou que a aprovação da reforma da Previdência e o corte dos gastos públicos fizeram desabar a taxa de juros e os gastos com o serviço da dívida.

Ele elogiou – destacadamente – o Banco do Nordeste, citando a política de microcrédito desenvolvida pela instituição como a mais espetacular do gênero na América Latina.

O Brasil já avançou muito em 2019, mas terá de progredir mais ainda neste e nos próximos anos. Para isso, será preciso aprovar as novas medidas que serão encaminhadas em fevereiro à apreciação dos deputados federais e senadores.

“Tudo isso precisará do apoio explícito dos senhores”, disse o secretário Rogério Marinho, apontando para a plateia lotada de empresários, que o aplaudiram de pé ao fim de sua palestra, que durou uma hora, apoiada em transparências cheias de números e informações acerca da retomada da atividade econômica, da queda – embora lenta, ainda – dos índices de desemprego e da rígida política fiscal.