Opinião
Rogério Marinho chama Hypérides Macedo para estudar Tocantins
Transportar água da bacia amazônica para o Nordeste parece muito difícil, mas a engenharia e a tecnologia hídricas evoluíram muito e esse projeto do MDR pode ser viável. Os estudos dirão.
Está o Ceará no limite de suas reservas hídricas.
Neste ano, segundo prevê a Funceme, há apenas 10% de chance de uma estação chuvosa acima da média histórica; 40% de uma estação normal; e 50% de ela ser abaixo da média.
Isto quer dizer que é reduzidíssima a possibilidade de serem bem recarregados os três grandes açudes do Estado - Castanhão, Orós e Banabuiú - cujos espelhos d'água não passarão de 20% de sua capacidade de armazenamento ao final da temporada que se encerrará em abril.
É uma péssima notícia para a agropecuária e para as populações das cidades da região do Baixo Jaguaribe, onde se localizam importantes polos de produção de leite bovino, de camarão e de frutas.
Assim, torna-se urgente que o ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) retome o fornecimento de água do Projeto São Francisco de Integração de Bacias para o Cinturão das Águas do Ceará (CAC), através do qual chegarão ao açude Castanhão.
Esse fornecimento está suspenso há dois meses. Toda a água do Eixo Norte está sendo dirigida para o Estado da Paraíba, onde vários açudes construídos pelo MDR – com capacidade estimada em 500 milhões de metros cúbicos - terão de ser enchidos antes que ela chegue ao Rio Grande do Norte.
Sem as águas do São Francisco - e tendo em vista os baixos volumes acumulados neste momento pelo Orós e pelo Castanhão - o abastecimento de Fortaleza e das cidades de sua Região Metropolitana estará comprometido, correndo risco de colapso.
Diante da preocupante previsão da Funceme, o governo do Ceará deve entender-se logo com o MDR no sentido de acelerar um acordo para a retomada imediata da viagem das águas de Jati para o Castanhão, via CAC e rio Salgado.
A propósito, esta coluna transmite uma informação em primeira mão:
O ministro Rogério Marinho está convidando o engenheiro Hypérides Macedo, uma das maiores autoridades brasileiras em recursos hídricos, para uma conversa sobre a viabilidade de execução de um projeto que possa transferir para o Nordeste um pouquinho das águas da bacia do Tocantins, um rio caudaloso da Amazônia.
A engenharia e a tecnologia hídricas evoluíram muito nos últimos anos, e o que hoje parece difícil, na verdade pode não ser. Os estudos a serem desenvolvidos revelarão se o projeto é exequível.
Caro, muito caro esse projeto será, mas estudar a sua viabilidade é uma providência importante e oportuna, razão por que o ministro Rogério Marinho merece aplausos.
SEM SERVENTIA
Alô, Secretaria de Segurança Pública! Seu serviço de emissão eletrônico de Boletim de Ocorrência, o famoso BO, não funciona.
Pelo menos para casos de sites falsos, desses que roubam informações pessoais das pessoas, como aconteceu com o que, passando-se como um sítio da Prefeitura de Fortaleza, oferecia o cadastramento para a vacinação de idosos contra o Covid-19.
Este colunista, que caiu na armadilha, tentou várias vezes emitir, pelo aplicativo da Secretaria de Segurança, o BO do que lhe aconteceu, mas sempre aparece a resposta: “Retifique o tipo de ocorrência para ‘não delituosa’. Enviei uma nova ocorrência”.
Resumindo: para as autoridades da segurança pública do Ceará, criar falso site para capturar dados pessoais, como número do CPF, e-mail, data do nascimento, número do telefone celular, é uma ocorrência “não delituosa”.
Será que o crime compensa?
CAJU
Há 22 anos no mercado de refrigerantes, o Grupo Mais Sabor está lançando um novo produto: o Mais Caju!
Trata-se de um refrigerante para cuja criação de marca, rótulo, campanha publicitária e peça em PDV teve a participação da agência Club Comunicação.
TRUMP
“Nós voltaremos de um jeito ou de outro”, disse o ex-presidente Donald Trump, no melhor estilo dos vocacionados para ditaduras. Já se fala, nos EUA, que ele criará um novo partido para colocar seus militantes numa linha ideológica entre os republicanos e os democratas. A conferir.
BUGGY FYBER
Confirmaram-se, pela boca do secretário do Desenvolvimento Econômico do Governo do Ceará, engenheiro Maia Júnior, as informações que esta coluna divulgou nos últimos três dias.
Maia ouviu do próprio empreendedor, o empresário alemão Dirk Wittenborg, que tem negócios em Paracuru, no litoral Norte do Ceará, que vai implantar uma grande fábrica de bugies da marca Fyber.
Será uma planta moderna, que produzirá, também, a versão elétrica do Fyber.
EM ALTA
Entusiasmados pela posse do novo presidente dos EUA, Joe Biden, as bolsas de valores do mundo, inclusive as da Ásia, que já encerraram as operações, operam em alta na manhã desta quinta-feira.
Hoje, o Banco Central Europeu, presidida por Christine Lagarde, tem reunião na qual podem ser anunciadas novas medidas para estimular a economia do continente que ainda patina por causa da pandemia do Covid-19.
