Relatório revela: algodão é a melhor cultura na Chapada do Apodi

Em 2021, a produtividade do algodão poderá alcançar 4,5 toneladas por hectare a um custo de R$ 5 mil por hectare, com renda líquida de R$ 4,6 mil por hectare.

Esta coluna teve acesso a um relatório sobre a produção, a produtividade e a renda dos produtores da Fapija, que é a Federação dos Agricultores do Projeto de Irrigação Jaguaribe-Apodi. 

Elaborado pelo agrônomo Zuza de Oliveira, consultor em agropecuária, com base em dados levantados pelo também agrônomo Luís Felipe, da Fapija, o relatório aborda a renda obtida neste ano pelos produtores em suas culturas de algodão, soja, sorgo e feijão. 

O algodão foi, disparadamente, a cultura que, na Chapada do Apodi, apresentou o melhor desenvolvimento e a maior lucratividade. 

Na área de atuação dos agricultores da Fapija, foram cultivados 500 hectares de soja, 700 de sorgo, 20 de feijão e 276 de algodão. 

Todos os produtores têm experiência na plantação e no trato de grãos e se consideram aptos para a cotonicultura tecnificada na Chapada. 

A maior produtividade alcançada na Chapada na produção de algodão foi de 209 arrobas (uma arroba tem 15 quilos) por hectare; a menor, 101 arrobas. 

Houve uma perda média de 20% da produção causada pela demora de até 30 dias na chegada das máquinas colheitadeiras. Sem essa perda, a produtividade média teria sido de 2,8 toneladas por hectare, com uma renda líquida de R$ 2,1 mil por hectare.

O estudo fez uma projeção para a safra de 2021, um ano que, segundo as previsões, terá uma estação de chuvas na média ou acima da média histórica. 

A produtividade poderá alcançar 4,5 toneladas por hectare a um custo de R$ 5 mil por hectare, com renda líquida de R$ 4,6 mil por hectare (ao preço de R$ 2,15 por quilo). 

Está escrito no relatório: “Como visto nos indicadores acima, o cultivo tecnificado do algodão em sequeiro (sem irrigação), pelo baixo risco climático, contrato de compra com preço fixado e possibilidade de renda líquida na Chapada do Apodi, aponta como o melhor negócio agrícola entre os quatro avaliados, no primeiro semestre”. 

Há uma frase do relatório, porém, que deve ser incluída aqui: “Mas esta regularidade de chuva é exceção”. 

Ela chega a assustar, porém a solução é sugerida pelo autor do estudo: a “irrigação de salvação”. O que é isto? “A Cogerh, em momentos de veranico, garantiria uma quota de água destinada à irrigação das áreas plantadas”. 

Se isso acontecer, diz o relatório, será possível tornar a cotonicultura no Apodi “uma atividade agrícola rotineira e segura no primeiro semestre” de cada ano.

OBSERVATÓRIO

Quem quiser conhecer o que é o estado da arte deve visitar o Observatório da Indústria Carlos Prado, instalado e em operação no andar térreo da Fiec. 

Grandes empresários locais e de outros estados já o visitaram e saíram dele surpresos e encantados com o seu volume de informações que servem de bússola para a tomada de decisões de investimento. 

Uma plataforma tecnológica de Primeiro Mundo.

EXPORTAÇÃO

Em primeira mão: as exportações cearenses e potiguares de melão para o exterior deverão, neste ano, chegar à marca recorde de US$ 170 milhões. 

Empresas produtoras e exportadoras do Ceará e do vizinho Rio Grande do Norte revelam que houve crescimento dos volumes exportados, mas o que cresceu mesmo foi o seu valor em dólar, por causa da espetacular desvalorização do real, que chegou aos 40%. 

Se a logística da exportação de melão para a China funcionar com êxito (são 40 dias de viagem), os números deste ano dobrarão em 2021.
 
ELEIÇÃO

Deve ser ruim viver em país que não sabe promover uma eleição nem apurar os seus resultados em apenas 14 horas, como faz o Brasil. 

Os Estados Unidos da América, que dominam quase todas as tecnologias do mundo, ainda não aprenderam a eleger, de maneira confiável e rápida, o seu presidente. 

O Tribunal Superior Eleitoral brasileiro deveria procurar seu correspondente norte-americano (que nem existe) e oferecer a ele sua “expertise” em eleições gerais, para presidente ou para prefeito. 

Evitaria os constrangimentos que se observam hoje naquela grande nação do Hemisfério Norte. 



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