Produtores de leite pedem ao BNB Cartão de Crédito para a pecuária

Um consultor em agropecuária disse à coluna que é o custeio o item que mais angustia e asfixia o produtor de leite, que nem sempre tem no bolso ou no banco o dinheiro necessário à compra de um insumo.

Há em marcha um movimento de pequenos, médios e grandes produtores rurais nordestinos – os do Ceará no meio, logicamente – no sentido de coletar o maior número possível de assinaturas em um abaixo-assinado que, através das redes sociais, pede a criação, pelo Banco do Nordeste (BNB), de um Cartão de Crédito Rotativo de Custeio da Produção de Leite para facilitar o dia a dia de quem, na região, produz e trabalha na pecuária, cuja atividade exige, por exemplo, a compra constante de medicamentos veterinários e, também, o pagamento da conta da energia elétrica no dia do seu vencimento. 

Um consultor em agropecuária disse à coluna que é o custeio o item que mais angustia e asfixia o produtor de leite, que nem sempre tem no bolso ou no banco o dinheiro necessário à compra de um insumo. 

“O Cartão de Crédito Rural Rotativo de Custeio da Produção de Leite do BNB resolveria essa angústia. Se no dia do pagamento da fatura da Enel, ele não tiver o dinheiro disponível, bastará usar o cartão”, explica ele. 

É preciso entender que, para conceder o crédito, seja ele por cartão, por consignação ou por outra forma, qualquer instituição bancária, incluindo o BNB ou o Banco do Brasil, exige, como contrapartida, garantias que cubram perdas por eventual inadimplência. 

Eis aí um dos obstáculos com que o pequeno produtor, principalmente, se deparará quando quiser obter o seu Cartão de Crédito Rotativo, que, por enquanto, é só o sonho de quem já firmou o abaixo-assinado,uma vez que, até prova em contrário, criar esse cartão não consta da agenda da diretoria do BNB, que, porém, poderá interessar-se pela ideia, que é boa e tem a ver com os objetivos sociais e econômicos do banco.

PANIFICADORES

Chega à coluna boa informação para a indústria da panificação.

Os internos de três presídios da Região Metropolitana de Fortaleza, que se tornaram panificadores graças ao curso ministrado por professores do Senai-Ceará, criaram, como prova de sua alta qualificação profissional, um novo tipo de panetone, que, se produzido em escala, fará sucesso em todas as padarias e supermercados. 

“Quando esses internos, e agora panificadores, cumprirem sua pena, com certeza logo eles estarão empregados e retornarão ao convício da sociedade”, diz Paulo André Holanda, diretor regional do Senai-Ceará.

Organismo do Sistema Fiec, o Senai-Ceará está a ministrar outros cursos profissionalizantes nos presídios estaduais, todos com muito êxito.

NO CARIRI

Votando sua atenção para o interior do Estado, o presidente do Sindicato das Indústrias Químicas do Ceará, Paulo Gurgel, acaba de nomear o industrial Assis Saraiva, dono da empresa Sabão Juá, diretor regional do Sindquímica na região do Cariri.

Saraiva tem uma meta a cumprir: ampliar o número de empresas associadas à entidade e expandir suas atividades.

AVIÃO ELÉTRICO

Tornaram-se parceiras a Embraer e a EDP, empresa que atua em todos os segmentos do setor elétrico brasileiro, que já desenvolvem pesquisa para o avião elétrico. 

Por meio da divisão EDP Smart, a multinacional de origem portuguesa anunciou um aporte financeiro para a aquisição da solução de tecnologia de armazenamento de energia e recarga do avião demonstrador de tecnologia de propulsão 100% elétrica.

A pesquisa utiliza um EMB-203 Ipanema, monomotor, como plataforma de testes.
 
O protótipo, já está em desenvolvimento, tem o primeiro voo previsto para 2021.
 
A EDP é dona de uma termelétrica no Complexo do Pecém.

CARA DE PAU

Impressiona a cara de pau dos políticos que, mesmo sem mandato, persistem na prática do crime. 

A recente operação da PF, que prendeu um ex-deputado federal cearense, em cuja empresa encontrou R$ 2 milhões em espécie, é uma prova de que não há Lava Jato que iniba a ação do mau político, que nasce torto e, sem jeito, morre torto.



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