O mundo tem dinheiro de sobra para a saúde

Um economista que presta consultoria a grandes empresas do Ceará e do Nordeste disse ontem à coluna que "há hoje, no mundo, e no Brasil também, um oceano de dinheiro buscando a melhor opção para se reproduzir rápida e seguramente, e esta opção é o setor de saúde". A fonte não se surpreendeu com a informação, aqui ontem divulgada, de que uma empresa de medicina diagnóstica, com sede em São Paulo, estava em negociação para a compra de um hospital de Fortaleza. "Outros negócios como este aparecerão proximamente aqui e no resto do País, e é um movimento natural e já previsto. Os juros internacionais estão muito baixos, inclusive no Brasil, e os fundos que administram esse mar de recursos estão a correr à procura dos melhores investimentos, que estão localizados na área da saúde". Quase no mesmo instante, sócios do Hospital Gastroclínica revelavam que "não há qualquer negociação para a venda do equipamento ao grupo paulista Dasa".

CASTANHA

Esta coluna ouviu ontem de um analista do mercado financeiro a informação de que a empresa cearense Usibras, maior beneficiadora e exportadora brasileira de castanha de caju, está a preparar-se para abrir seu capital em futuro próximo. Fundada pelo empresário Francisco de Assis Neto, a empresa, que tem fábricas também em Gana, na África, e nos EUA, é hoje tocada pela segunda geração da família, que adotou, por orientação da primeira, a governança corporativa, "um básico dever de casa que, corretamente executado, sempre resulta no fortalecimento das empresas que a adotam", como comentou a mesma fonte. No caso da Usibras, "acontece a boa soma da experiência do fundador com a juventude e a vocação empreendedora dos seus sucessores, e isto é essencial para consolidar uma empresa", finalizou o analista.

INDÚSTRIA

Na confraternização natalina deste ano, feita quinta-feira à noite por videoconferência, o presidente da Federação das Indústrias do Ceará, Ricardo Cavalcante - emocionado com os extraordinários resultados obtidos pela entidade e pelos seus diferentes organismos, entre os quais o Senai, neste dificílimo 2020 - disse aos funcionários da Fiec: "Foram vocês que possibilitaram tudo isso". Mas, no final, Ricardo Cavalcante transmitiu um recado: "Nossa meta para 2021 é maior: crescer 50%". E foi aplaudido pelo auditório virtual.

Dados da FGV revelam que o valor da produção da pecuária brasileira baterá neste triste e trágico 2020 no patamar de R$ 572,3 bilhões. O valor da produção da lavoura chegará aos R$ 276,3 bilhões. Total, R$ 848,6 bilhões. Para 2021, a previsão é: pecuária, R$ 300 bilhões; lavoura, R$ 649 bilhões. Total: R$ 949,2 bi.

Levantamento da BDO, uma das Big 5 do setor de auditoria e consultoria, diz que o Governo fez sua festa na recente Black Friday. Reparem a carga tributária dos principais produtos vendidos. No topo da lista, as TVs e produtos de beleza, com 47,25% de imposto. Em seguida, refrigeradores e celulares, com 42,25%.



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