O coronavírus, a solidariedade e as corporações do serviço público

Os trabalhadores da iniciativa privada, em favor da manutenção da atividade econômica e do seu emprego, estão tendo seus salários reduzidos pelo prazo que durar a pandemia.

Não há, na política brasileira, quem tenha mais força do que as corporações do serviço público federal, estadual e municipal.

Essas corporações apropriaram-se da estrutura administrativa dos três poderes da República - Executivo, Legislativo e Judiciário - de tal maneira que é impossível promover o sonhado ajuste fiscal nos governos da União, dos estados e dos municípios.

Parece existir no Brasil um sistema invisível - qual o coronavírus - destruidor das células vivas do organismo nacional.

Todas as tentativas - contemporâneas e remotas - já feitas no sentido de consertar essa mazela frustraram-se pela ação deletéria do corporativismo.

Neste momento em que milhões de trabalhadores - sobreviventes, mas vitimados também pelos efeitos colaterais da pandemia do coronavírus - perderam seus empregos na iniciativa privada e viraram apenas referências estatísticas, há uma corrente de solidariedade à qual nega adesão a corporação dos servidores públicos.

Os trabalhadores da iniciativa privada, em favor da manutenção da atividade econômica e do seu emprego, estão tendo seus salários reduzidos pelo prazo que durar a pandemia.

Mas os servidores públicos - cujos vencimentos e proventos são maiores do que os do setor privado e pagos com o imposto de toda a sociedade - recusam colaboração a esse sacrifício.

O governante que tenta essa iniciativa esbarra no muro das corporações, que seguem crescendo e ainda mais poderosas.

Resumo: reduzam-se os salários dos trabalhadores da empresa privada; os vencimentos dos servidores públicos, não.

Um lembrete: este é um ano de pandemia.... e de eleições.

CAMARÃO

Anuncia a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a matogrossense do Sul Tereza Cristina:

O governo da República da Coreia do Sul (capital Seul) abriu seu mercado de 48,3 milhões de consumidores para o camarão brasileiro.

É uma boa notícia para a carcinicultura nordestina - a do Ceará, líder do setor, no meio.

Esta coluna pode informar que empresas cearenses criadoras de camarão já tomam providências para credenciar-se junto àquele ministério com o fim de vender seu produto para os coreanos.

O grupo Samaria - do empresário Cristiano Maia, maior produtor de camarão do País - está na lista dessas empresas.

MARKETING

A Associação dos Jovens Empresários de Fortaleza (AJE) mantém sua programação de cursos online via redes sociais.

Para isso, a AJE Fortaleza conta com especialistas em marketing, que abordam - por vídeoconferências - a gestão financeira em tempos de crise, as técnicas de vendas e o marketing digital.

Sai crise, entra crise, mas a vida segue.

SHOPPING

Lojistas do Shopping Eusébio reuniram-se com o superintendente do BNB, Rodrigo Bourbon.

Ouviram dele exlicações sobre as linhas de crédito que o banco tem para a atual crise.

Além da repactuação de dívidas com a suspensão das parcelas por até seis meses, o BNB tem crédito de capital de giro com carência de seis meses para antigos e novos clientes e o FNE Giro.

NORMALIDADE

No interior do estado, é como se não houvesse a pandemia do coronavírus.

Com exceção de algumas cidades, na maioria delas o ambiente, neste fim de semana, é de festa, com feiras, bares e restaurantes abertos.

Saberemos em pouco tempo se essa desobediência civil é a favor ou contra a propagação do coronavírus.