Novo varejo: supermercado terá loja menor e especializada

Esta é a tendência, segundo Abílio Diniz. No Ceará, as redes supermercadistas já seguem essa tendência, diz Honório Pinheiro. Mais: 1) Indústria têxtil sofre com preço alto do algodão; 2) M. Dias Branco faz parceria com Monkey Exchange; 3) Brasil já fabrica bioinsumos

Especialista no varejo, com experiência comprovada no ramo dos hiper e supermercados, o empresário Abílio Diniz antecipa o que está vindo aí: a tendência é que os hipermercados de 1 mil a 5 mil metros quadrados de área perderão espaço para as lojas de proximidade, as lojas da vizinhança, menores e mais especializadas.
 
Resumindo e trazendo para a paróquia cearense a opinião de Diniz, esta coluna pode dizer que as redes supermercadistas locais estão palmilhando o caminho correto: em vez de investirem em megalojas, elas o fazem em pontos de venda bem adequados às necessidades do cliente que vive no seu entorno.

Comentando sobre o que disse Abílio Diniz, o empresário Honório Pinheiro, fundador, sócio e diretor da rede Supermercado Pinheiro concorda com a tendência de crescimento das lojas de pequeno e médio portes.
 
Ele fala de cátedra, e aponta outra tendência:

“Esta pandemia serviu de lição para todos nós do varejo, que descobrimos – graças aos novos hábitos do consumidor – a nova preferência de nossa clientela. Quando surgiu a pandemia, logo procuramos entender o “delivery” e logo nos adaptamos a ele, que cresce sem ameaçar, porém, a compra presencial, ou seja, a que é feita pessoal e fisicamente pelo cliente, que, em sua maioria, ainda faz questão de ver, tocar, cheirar e manusear os produtos na loja. São novas características acrescentadas ao comportamento do cliente, que continua sendo o foco principal do nosso negócio”, afirma Honório Pinheiro.

Ele se declara otimista com o futuro próximo da economia e, principalmente, do varejo. Na sua opinião, “o pior já passou’, e agora, com a aceleração da vacinação em massa, a tendência é de também serem aceleradas as atividades econômicas que vinham em passo lento e, em consequência, fomentado o nível do emprego”.
 
Honório Pinheiro finaliza com um comentário:

“Há uma turbulência política própria da polarização a que o país foi levado, mas, nos últimos dois meses, a cena mudou e, pelo que estamos a observar, há bom entendimento do governo com o Congresso Nacional, e isto é o bom fruto do crescimento da economia que, a exemplo do que aconteceu no primeiro trimestre, vai-se repetindo neste segundo trimestre”.

ALGODÃO: ESTÁ BEM QUEM ANTECIPOU COMPRA

Antevendo o que aconteceria com o preço internacional do algodão, que disparou, algumas poucas empresas de fiação e tecelagem do Ceará planejaram-se para o longo prazo e fecharam contratos futuros com os preços da época.

Resultado: estão pagando bem menos do que as empresas têxteis que hoje compram a matéria-prima no dia a dia, ou seja, no mercado spot, com pagamento à vista para entrega imediata.

Uma dessas empresas fez, no início do ano passado, uma projeção do mercado mundial de algodão e antecipou contratos futuros para a safra 2020/2021, razão por que, neste momento, está confortavelmente posicionada no mercado.

Esta coluna pode informar que 95% da indústria têxtil brasileira, para não ter de importar algodão, estão pagando aos produtores brasileiros preço equivalente ao da exportação.

SEVNAC DOA 10 ELMOS AO HOSPITAL S. JOSÉ

Boa ação adotou o Grupo Servnac, que doou 10 capacetes Elmo para o Hospital São José de Doenças Infeciosas.
Criado pelo Dr. Marcelo Alcântara, desenvolvido pelo Seinai-Ceará e agora fabricado em escala pela Esmaltec, do Grupo Edson Queiroz, o capacete Elmo é um equipamento de respiração artificial não invasivo que tem contribuído para o tratamento de pessoas com quadros leves ou moderados de Covid-19.
 
Segundo o diretor administrativo do hospital São José, Nadirlan Fontenele, o Elmo já evitou a intubação de 61,86% dos seus pacientes que usaram o capacete na unidade entre janeiro e maio deste ano.
 
“Com essa colaboração da Servnac, muitas vidas serão salvas. Agradecemos de coração a esse ato de generosidade e de humanidade", destacou o Dr. Nidirlan.

O Grupo Servnac anunciou que fará, ainda, doações do capacete Elmo a hospitais das cidades de Altaneira, Guaramiranga, Canindé, Campos, Sales e Itaiçaba e para a Secretaria de Saúde de Iracema.

BRASIL JÁ PRODUZ BIOINSUMOS

Com o apoio pessoal da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que a visitou ontem, a Fazenda Pamplona, em Cristalina (GO), tornou-se a primeira produtora brasileira de bioinsumos, cujo uso reduz custos do sistema de produção, gerando maior produtividade e produtividade em modo sustentável.

Segundo o Ministério da Agricultura, bioinsumo “é o produto, o processo ou a tecnologia de origem, vegetal, animal ou microbiana destinado ao uso na produção, no armazenamento e no beneficiamento de produtos agropecuários que interfiram positivamente no crescimento, no desenvolvimento e no mecanismo de resposta de animais, plantas, micro-organismos e substâncias derivadas e que interajam com os produtos e os processos físico-químicos e biológicos”.

Os bioinsumos abrangem – ainda de acordo com o ministério – “desde inoculantes, promotores de crescimento de plantas, biofertilizantes, produtos para nutrição vegetal e animal, extratos vegetais, defensivos feitos a partir de microorganismos benéficos para controle de pragas, parasitos e doenças, tais como fungos, bactérias e ácaro, entre outros”.

O mercado de bionsumos está em rápida expansão no Brasil, razão pela qual, no ano passado, o ministério da Agricultura lançou o Programa Nacional de Bioinsumos, ao qual aderiu a Fazenda Pamplona, que já opera sua fábrica.

MONKEY EXCHANCE E M. DIAS BRANCO SÃO PARCEIROS

Em parceria com a Monkey Exchance, plataforma de serviços financeiros, a cearense M. Dias Branco, líder nacional do mercado de massas e biscoitos, encabeçou projeto de financiamento para ajudar no processo de inovação e sustentabilidade financeira por meio do risco sacado, alternativa para antecipar recebíveis e otimizar os recursos em toda a cadeia de suprimentos. 

A informação foi transmitida a esta coluna pela Monkey.

“O programa risco sacado, implantado em parceria com a Monkey Exchange, está sendo um grande sucesso. Temos conseguido a adesão de várias fornecedoras ao programa, proporcionando-lhes melhor condição de financiamento e, portanto, maior competitividade. Por sua vez, nossa empresa se beneficia pela melhora do fluxo de caixa. A plataforma é bem intuitiva e o processo, seguro. Nós de M. Dias Branco estamos muito satisfeitos com essa parceria”, diz Luiz Lins Junior, especialista de suprimentos da empresa cearense. 

No programa de risco sacado, mais de R$ 200 milhões já foram concedidos por meio de cinco instituições financeiras, que competem para financiar esses fornecedores, e a ideia é alcançar, até o fim deste ano, cerca de R$ 1 bilhão. 

Até agora, mais de 500 fornecedores da empresa foram beneficiados na primeira fase de sua integração, e a ideia é levar essa ferramenta aos demais. 

De acordo com Gustavo Muller, fundador e CEO da Monkey Exchange, a solução de “supply chain finance” (financiamento da cadeia de abastecimento), também conhecida por risco sacado, é uma opção para qualquer fornecedor, independentemente de tamanho e perfil de risco. 

BRASIL ENTRA NO TOP 10 DA ENERGIA SOLAR

No exato momento em que o país atravessa uma grave crise hídrica que causará, entre outras coisas, o aumento do valor da conta mensal de luz dos brasileiros, o Brasil entrou no top 10 de países que mais instalaram energia solar em 2020, segundo revelam dados da Agência Internacional de Energia (IEA) compilados pela Agência Brasileira de Energia Solar (Absolar).

O Brasil registrou 3,15 GW em novos empreendimentos de geração solar em 2020, alcançando a nona colocação do ranking global, liderado por China, Estados Unidos, Vietnã, Japão e Alemanha.

O desempenho, que levou o Brasil a superar a Holanda, foi o melhor já alcançado pelo país, que havia entrado no "top 10" do setor em 2017, quando ficou na 10ª colocação. 

Em 2019, o Brasil esteve em 12° lugar.

BIDEN MOSTRA A PUTIN A NOVA CARA DOS EUA

Nesta quarta-feira, em Genebra, na Suiça, reúnem-se o presidente dos EUA, Joe Biden, e o todo poderoso presidente da Rússia, Vladimir Putin.

A reunião, a primeira dos dois líderes, se faz sob tensão. Os EUA acusam o governo Putin de massacrar a oposição (o líder opocionista Alexei Navalni está preso), de não respeitar os direitos humanos, de promover ciberataques não só a empresas e instituições públicas norte-americanas, de imiscuir-se nos assuntos internos das convulsionadas Síria e Líbia e de, com a China, criar um clima de instabilidade na Ásia.

Essa cúpula acontece 48 horas depois de a OTAN, por inspiração de Biden, divulgar duríssima nota, com fortes acusações contra a China e seu presidente Xi Jiping. 

Biden, que, antes da posse, parecia que mudaria o tom duro da política externa do seu antecessor Donald Trump, tornou-o mais contundente ainda. E por isto ganhou o apoio até dos seus adversários do Partido Republicano e, principalmente, dos seus aliados europeus. 

 



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