Nem só de incentivo fiscal vive a indústria

São necessários, ainda, os incentivos fiscais para promover o crescimento mais rápido da indústria do Ceará? Esta pergunta foi feita pela coluna a alguns consultores empresariais. O primeiro a responder foi Sérgio Melo, da SM Consultoria, que presta serviço a diversas empresas cearenses e de outros estados do Nordeste. Na sua opinião, "os incentivos fiscais não conseguem ser mais o único instrumento de atração de investimentos".

De acordo com Melo, "é necessário que haja incentivos econômicos e financeiros por meio de programas e projetos que sirvam de indutores do desenvolvimento do Estado". Sérgio Melo aponta como "setores de excelência" - ou seja, boas apostas para investimentos - os ramos de geração de energias renováveis, de educação, de alimentos e de Tecnologia da Informação (TI).

Mas ele é direto e contundente na sua análise crítica: "Praticamente, todas as áreas da economia cearense precisam passar por um processo de modernização e inovação, o que pode ser alcançado por meio de parcerias com empresas nacionais e estrangeiras". E acrescenta: "As empresas de pequeno e médio portes têm de estar abertas para as novas formas de financiamento, acolhendo o aporte de novos sócios-investidores, o que já se observa, por exemplo, na agroindústria" (o Grupo Betânia é um bom caso).

Para esta coluna, uma boa parcela das empresas industriais do Ceará mantém-se na zona de conforto do incentivo fiscal, sem atentar para o fato de que - nestes tempos de alta competitividade - sem investimento na inovação, serão aniquiladas pela concorrência. Mas este não é, digamos assim, um defeito das empresas industriais do Ceará, mas das de todo o País, o que é lamentável, pois o mercado, naturalmente, já começa a alijar as organizações obsoletas. Deve ser recordado a velha recomendação: "É preciso renovar. Ou renova ou morre!"

Sudene

Reunida em Recife, a diretoria colegiada da Sudene aprovou 24 pedidos de incentivos fiscais feitos por empresas localizadas nos estados de sua jurisdição. O total dos benefícios aprovados soma R$ 1,4 bilhão. Entre as empresas beneficiadas, duas são do Ceará - a ECVOFértil Agropecuária, de Aracati, e a Resibras Indústria de Castanha, de Forquilha.

Viva o Pix

De segunda-feira, 16, em diante serão isentas de tarifas as transferências bancárias, que serão feitas pelo Pix. Ótimo!

Desenvolvido por técnicos do Senai-Ceará e já autorizado pela Anvisa, será fabricado pela Esmaltec - empresa do Grupo Edson Queiroz - o capacete Elmo, equipamento de respiração artificial não invasivo, que reduz a necessidade de intubação do paciente. Será usado contra a Covid-19 e outras doenças respiratórias.

Alguém precisa dizer ao presidente Bolsonaro que ele precisa ou falar menos, ou simplesmente deixar de falar para não criar ainda mais conflitos e crises para o seu já tumultuado Governo. Será que o general Heleno e seus cabelos brancos não podem impedir a facúndia excessiva e de maus resultados do seu chefe, o capitão Bolsonaro?



Assuntos Relacionados