Na pandemia, o varejo cearense indaga: como viverá o lojista que fechou?

Fretas Cordeiro, presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistasdo Ceará, pede que o Estado seja menos arrecadador e mais provedor.

Talibã da democracia, kamikaze do livre mercado e mosqueteiro a serviço do varejo, o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará, Freitas Cordeiro, está pintado para a guerra em defesa da sobrevivência dos pequenos comerciantes nestes tempos de pandemia virótica.

Diante da proibição de funcionamento das lojas de rua e de shopping, ele desembainha sua espada verbal e proclama:

"Minha preocupação não é com quem vai abrir, e sim como irá sobreviver quem está fechado".

Freitas respira fundo e prossegue:

"Não reivindico abertura inconsequente, contudo reclamo por medidas protetivas do Estado para essas empresas cerradas, principalmente as micro e pequenas que represento e que, estatisticamente, são 95% do varejo cearense".

Ereto, firme e tranquilo, Freitas Cordeiro avança:

"Sei que tenho incomodado, contudo permanecerei batendo na tecla de que o Estado, em momento de excepcionalidade como o que atravessamos, precisa ser menos arrecadador e mais provedor. O varejo cearense - que já vem combalido há muito tempo - suplica por ações governamentais que lhe permitam uma expectativa de sobrevivência".

E lembra que, em novembro do ano passado, "quando não se falava em pandemia, solicitei um Refis, logo desaconselhado por conta do motim dos militares".

O presidente da FCDL conclui:

"Esta tem sido a minha luta desde o primeiro momento. Que não distorçam o teor de nossas reivindicações".

PREJUÍZO

Líderes da indústria química do Ceará, por meio da Fiec, estão pedindo à italiana Enel - distribuidora de energia elétrica na geografia do Ceará - que suspenda, para as fábricas que produzem insumos utilizados pelo setor de saúde, enquanto durar a pandemia do coronavírus, a cobrança da tarifa mais elevada no horário de pico do consumo.

A providência beneficiará as indústrias de embalagens plásticas, rótulos auto adesivos, caixas de papelão e material gráfico, além das que produzem as soluções parenterais (soro fisiológico, glicosado etc), de higiene pessoal (álcool gel, sabonetes líquidos antissépticos e saneantes (água sanitária e desinfetantes).

No horário de pico, argumentam os industriais, as fábricas suspendem a produção porque o custo da energia as prejudica.

TRIPLA CRISE

Era uma crise sanitária.

Virou econômica.

Agora, é política.

UMA BENÇÃO

Dm José Antônio Tozzi, arcebispo metropolitano de Fortaleza, disse ontem, segunda-feira, 30: 

"Estamos vivendo um momento de graça. Neste momento de pandemia, a coisa mais importante é a oportunidade que estamos tendo de amar, de servir, de cuidar. Que nossos pensamentos e ações sejam de paz, de construção, não de desespero".

Amém!!

FAKE NEWS

Por meio das redes sociais, terroristas da política - de direita e de esquerda - estão espalhando fake news (falsas notícias).

O pior é que há pessoas que as repassam para outros grupos, num trabalho deletério cujo único objetivo é causar cizânia em momento gravíssimo por que passa o País.

A união de todos é essencial agora