Na Chapada do Araripe, já se plantam café e oliveira

Alcançaram idade adulta 3.500 pés de oliveira, o que mostra a boa qualidade do solo daquela região. Leia mais: 1) Entre as 50 cidades para empreender, nenhuma do Ceará; 2) Um exemplo de empreendedorismo e amor ao próximo e à natureza; 3) Brasil: cada poder no seu quadrado

No solo fértil da Chapada do Araripe, onde o Governo do Estado, por meio da Secretaria Executiva do Agronegócio da Sedet, pretende implementar o Programa Ceará Grãos para produzir milho, soja e sorgo e tornar a agricultura cearense autossuficiente nesses insumos, essenciais à sua pecuária e à sua avicultura – já se plantam café e oliveira. Acredite, que é vero.

Imaginem o Ceará produzindo azeite de oliva como a Grécia, Espanha, Portugal, Itália e Israel. Isso será possível, assim como será possível, igualmente, produzir café de alta qualidade naquela região do Sul do Ceará.

Neste momento, há 3.500 pés de oliveiras cultivados em sequeiro (só com água da chuva) na Chapada do Araripe, e uma pequena área plantada de café. São projetos-piloto que, de acordo com os técnicos, “estão indo muito bem e têm tudo para dar certo”.

O clima e o solo do Araripe são propícios às duas culturas – lá, a temperatura varia de 15 a 25 graus e a pluviometria anual é, em média, de 1.200 milímetros.

Secretário Executivo do Agronegócio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico do Governo do Ceará, o agrônomo Sílvio Carlos está otimista em relação ao Ceará Grãos. Ele diz:

“O Governo do Estado Ceará e o Ministério da Agricultura deram-se as mãos para uma ação de estímulo à produção de grãos no Ceará. Para isso, novas fronteiras agrícolas, propícias ao cultivo de grãos, estão sendo avaliadas.

“Regiões com a Serra da Ibiapaba, o Sertão de Crateús, a Chapada do Apodi e, agora, o Cariri e sua Chapada do Araripe tornam-se boas opções para a execução desse projeto, que está integrado também às indústrias de sementes, à Associação Cearense de Avicultura (Aceav).

“Alegra-nos muito a posição do BNB, que acredita no grande potencial agrícola do Estado e está inclinado a emprestar seu apoio ao Programa Ceará Grãos, cujo objetivo é o de promover uma radical transformação no agropecuária cearense, tornando-a autossuficiente na produção de grãos que entram na composição das rações que alimentam o rebanho leiteiro e o plantel da avicultura, gerando mais empregos e mais renda no interior do Ceará.”

Sílvio Carlos Ribeiro prossegue:

“Segunda-feira, visitamos a Chapada do Araripe e vimos o grande potencial da região para produzir soja, milho, milheto e sorgo. Além disso, a pecuária já tem grandes investimentos naquela região que também demonstra inovações como projetos com oliveiras e café.

“A Sedet desenvolve um programa de incentivo a novas culturas no Estado e, além de grãos, pretende também cultivar Cacau, Pitaya e Mirtilo. Estamos implantando no Cariri o Centro de Tecnologias em Cultivo Protegido para estimular a região a produzir flores e hortaliças seguindo o exemplo de sucesso da região da Ibiapaba.”

Resumindo, o futuro próximo da agricultura cearense é promissor.

ENTRE AS 50, NENHUMA DO CEARÁ

Organização mundial com atuação voltada para incentivar o desenvolvimento econômico, a consultoria Endeavor publicou ontem o ranking das 50 cidades brasileiras com maior potencial para empreender.

São Paulo é a primeira, seguida, pela ordem, por Florianópolis, Osasco, Vitória e Brasília.

Nenhuma cidade do Ceará faz parte da lista.

Detalhe: com exceção de Recife, na 37ª colocação, todas as outras 49 cidades são de estados do Sul e do Sudeste.

Se fossem as melhores em educação, aí o Ceará seria protagonista.

UM EXEMPLO DE CIDADANIA NA CIDADE 2000

Ontem, cedinho da manhã, o empresário José Dias, um dos líderes da indústria química cearense, precisou dos trabalhos profissionais de um chaveiro. Encontrou-o na Cidade 2000.

E surpreendeu-se ao ver o que a criatividade, a inovação, o espírito empreendedor e o amor ao próximo podem fazer em menos de 10 metros quadrados, 80% dos quais transformados em uma livraria destinada a levar, gratuitamente, conhecimento, informação, literatura e educação à população do bairro.

Emocionado com o que viu e ouviu, José Dias escreveu e enviou para esta coluna o texto a seguir:

“Seu Wellington Luiz Severo Oliveira, 51 anos, 8 filhos, tem uma oficina de chaves há mais de 30 anos na Cidade 2000, a Chaveiro Oliveira de onde obtém o seu sustento e o de sua família.

“Seu Oliveira conta que há muito tempo imaginou a criação do projeto da livraria comunitária, mas só pouco mais de um ano atrás resolveu colocar em prática a ideia. Hoje a novidade já ocupa mais da metade do seu minúsculo estabelecimento, que é um sucesso de crítica e de público.

“O chaveiro imaginou que poderia facilitar o acesso à literatura e à cultura junto a moradores menos assistidos e mais vulneráveis da Cidade 2000.

“Qualquer pessoa pode pegar qualquer livro desde que, no seu lugar, deixe outro livro. Se oferecer dinheiro para a compra de seus livros, o homem não aceita de jeito nenhum e ainda fica muito bravo!

“Os interessados podem colaborar com o projeto, doando livros, basta entrar em contato com o seu Oliveira na Avenida Central da Cidade 2000, número 129, em Fortaleza, ou pelo telefone (85) 9.9625.2670. A oficina do Chaveiro Oliveira funciona de 7 horas da manhã às 7 da noite.  

“Ele trabalha, também, em outro projeto, com viés ecológico, o de arborizar toda a pracinha principal da Cidade 2000, trabalho que vai bem avançado. Como se não bastasse, Oliveira faz, ainda, ele mesmo, diariamente, a limpeza de toda a pracinha, tudo por sua própria conta.”

Eis aí um bom exemplo de cidadania, de compromisso com o meio ambiente e de amor cristão.

ASSAÍ SELECIONA CANDIDATOS PARA NOVA LOJA

Alô, alô, jovens! A rede Assaí Supermercadista abriu inscrições para admissão demais 293 funcionários, que comporão o quadro de pessoal de sua nova loja, a ser aberta proximamente no bairro presidente Kennedy, na região Oeste de Fortaleza.

Os interessados devem cadastrar-se exclusivamente no site https://expansaoassaifortaleza.gupy.io/ até o dia 23 deste mês.

Para iniciar a participação no processo seletivo, é necessário ter em mãos RG, CPF, número de telefone e endereço de e-mail.  

PODERES DA REPÚBLICA: CADA UM NO SEU QUADRADO

Pela enésima vez, reuniram-se o presidente do Poder Judiciário, ministro Luís Fux, e o do Poder Executivo, presidente Jair Bolsonaro.

Ambos acertaram uma reunião com os presidentes das duas casas do Poder Legislativo, com o exclusivo objetivo de – acreditem, que é vero – respeitar, cada um deles, os limites impostos pela Constituição para a atuação de cada um dos poderes da República.

Num país sério, isso causaria espanto, mas no Brasil, cuja população acostumou-se à rotina da ampla exposição das vaidades executivas, legislativas e judiciárias, uma reunião assim faz-se necessária para evitar um impasse que colocaria em risco a democracia e suas instituições.

Na presidência da República, escolhido pela maioria do eleitorado, está alguém que fala duas vezes por dia, uma na saída do Palácio da Alvorada, outra na volta, algo que nenhum outro Chefe de Estado pratica.

Falando exageradamente, dizendo mais do que o bom senso aconselha, não medindo as palavras, incluindo nelas, de forma natural, expressões chulas, o presidente Bolsonaro açula a extrema direita, onde se abrigam seus apoiadores e militantes, e atiça a oposição, principalmente a da extrema esquerda, e seus porta-vozes, esticando a corda de uma crise que, pelo visto, ainda se prolongará por mais tempo, pelo menos enquanto durar a CPI da Covid-19.

Bolsonaro já prometeu manter-se nos limites da Constituição, mas seus últimos pronunciamento deixaram os verdadeiramente democratas com uma pulga trás da orelha: dizer que a eleição de 2022 pode não se realizar é emitir um sinal contra o que estabelece a Carta Magna, e esta determina que, de quatro em quatro anos, devem ser eleitos ou reeleitos o presidente da República, um ou dois terços do Senado, deputados federais e estaduais e os governadores.

Bolsonaro levanta a suspeita de que o processo eleitoral brasileiro, liderado pelo TSE, é vulnerável, passível de fraude, algo que jamais aconteceu, tendo sido ele mesmo eleito por meio das urnas eletrônicas.

Fica claro que o presidente deseja, num plano estratégico, lançar dúvida antecipada sobre a integridade da eleição e do seu processo de votação, tentando proteger-se contra um possível resultado adverso.

Neste momento, segundo as pesquisas de opinião pública, de cuja correção ele e seus seguidores também desconfiam, o ex-presidente Lula está à frente de Bolsonaro com larga diferença, que, se for mantida no dia do pleito, daqui a um ano e três meses, decidirá a disputa no primeiro turno.

Mas uma coisa é pesquisa, outra, bem diferente, é eleição, e a última, em 2018, desmoralizou todos os institutos de pesquisa, que davam como certa a vitória do candidato do PT e de Lula, o professor Fernando Haddad, derrotado no primeiro e no segundo turnos por Bolsonaro.

Não há como desconhecer que Bolsonaro e seu governo cruzam uma zona de turbulência causada pela CPI do Senado que deveria apurar, simultaneamente, a omissão do governo e do seu ministério da Saúde no enfrentamento da Covid, atrasando a compra de vacinas, e, também, as denúncias de desvio de muito dinheiro enviado pela União para os estados, em alguns dos quais houve de tudo, até a venda de respiradores artificiais por uma loja de vinhos, como aconteceu em Manaus.

A CPI tem maioria da oposição – são 7 senadores contra o governo e 4 a favor – e talvez por isto mesmo esteja centrando unicamente seu foco nas denúncias contra o ministério da Saúde e seu titular, o general Pazuello olvidando o desvio de verbas públicas que se registrou em alguns estados.

Todo esse imbróglio político provoca problemas, o primeiro dos quais é a obstrução que faz a oposição à apreciação e votação das reformas administrativa e tributária, sendo que desta faz parte a reforma do Imposto de Renda. Ambas são essenciais ao ajuste das contas públicas.

Outro problema é a repercussão do imbróglio no mercado financeiro, provocando altas e baixas na Bolsa de Valores e no câmbio, o que assusta e deixa em sobressalto os investidores, que também miram 2022.

Nesse horizonte de nuvens carregadas de granizos, relâmpagos e trovoadas, a extrema esquerda e a extrema direita parecem organizar seus exércitos para a batalha que, certamente, surgirá depois que o relator da CPI, o notório senador Renam Calheiros, apresentar seu relatório, com base no qual a oposição pedirá o impeachment de Bolsonaro.

A partir daí, então, será um mergulho no desconhecido. Os que, nos dois lados da questão, desconfiam de alguma intervenção fora da política como consequência do pedido de impeachment, devem logo estar advertidos de que essa intervenção não virá.

Os tempos são outros, o Brasil é um grande, rico e democrático país, sua economia é pujante e está inserida num ambiente de livre comércio e de boas relações diplomáticas com as demais nações.

O que se passa hoje na Venezuela, em Cuba, na Nicarágua e também nos países latino-americanos que elegeram presidentes de partidos de esquerda não deve assustar o Brasil e os brasileiros, mas deixá-los em estado de alerta.

Tentar desviar o Brasil dos trilhos democráticos para uma aventura socialista que destrua a livre iniciativa, a liberdade de imprensa e de religião, os partidos políticos e a propriedade privada será algo que não terá apoio da população nem da comunidade internacional.

Assim, que venham as eleições.   

TECNOLOGIA DO SENAI PARA INDÚSTRIAS

Uma informação para os industriais cearenses:

O Instituto Senai de Tecnologia (IST) conta, em Fortaleza, com um laboratório de pesquisa e desenvolvimento de alimentos, que realiza pesquisas e desenvolvimento de produtos alimentícios e de bebidas.

Segundo o diretor regional do Senai-Ceará, Paulo André Holanda, podem ser desenvolvidos e aprimorados produtos de panificação e confeitaria, massas, produtos em pó, sucos e outras bebidas, ultracongelamento de alimentos, bem como executados testes para definição de embalagens, além de outros serviços.

A estrutura atende a empresas que queiram desenvolver novos alimentos e bebidas e, também, pesquisa e desenvolvimento de formulações já existentes. O laboratório também apoia projetos de inovação desses setores.

 

 

 



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