Milho: Ceará depende do humor da Conab

Está, mais uma vez, a avicultura cearense a depender da boa vontade da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para ter o milho de que necessita para a ração alimentícia dos seus plantéis. Esse milho vem do Centro Oeste, usando uma logística de transporte que quase dobra o custo final. Por que o Ceará não produz o seu próprio milho? - indagou a coluna ao agrônomo Sílvio Carlos Ribeiro, secretário Executivo do Agronegócio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico (Sedet). "Não compensa, salvo quando irrigado e integrado à agroindústria ou à alimentação animal", ele responde. Nas grandes regiões produtoras, como o Sul (Paraná) e o Centro Oeste (Mato Grosso e Goiás), onde se misturam a água da chuva e a da irrigação, a produtividade alcança 5,5 toneladas de milho por hectare; no Ceará, cuja produção é de sequeiro (só produz com chuva), essa produtividade é de apenas 820 quilos. Resultado: a avicultura cearense, uma atividade que cresce na velocidade do frevo, manter-se-á dependente dos humores da Conab. Assim como há na mesma Secretaria Executiva do Agronegócio da Sedet o exitoso Programa de Revitalização do Algodão, deveria haver, também, um para a revitalização do milho. As granjas cearenses já produzem aves e ovos para o mercado interno estadual e ainda abastecem, com o excedente, o Rio Grande do Norte, o Piauí, o Maranhão e o Pará.

Cemag

Indústria pioneira no setor, com fábrica em Fortaleza, a Ceará Máquinas Agrícolas (Cemag), fundada e pessoalmente dirigida pelo empresário Carlos Prado, está a celebrar 47 anos de atividades. Seus produtos - carretas e caçambas, hidráulicas ou não, com um ou dois eixos, para o transporte de frutas, café, forrageiras e para uso em geral - são utilizados nas diferentes áreas da agricultura e da pecuária e estão hoje em 18 dos 26 estados brasileiros. Carlos Prado também fundou a Itaueira Agropecuária, que produz frutas, hortaliças, sucos de fruta, mel de abelha e camarão no CE, PI, RN e BA.

Engorda

Um empresário espanhol ainda não identificado comprou uma fazenda de 300 hectares no vizinho município de Guaiuba, na Região Metropolitana de Fortaleza. A área pertencia ao coronel e construtor Francisco Garcês. O espanhol vai usá-la para engodar 1.500 cabeças de gado bovino para corte - é o que uma fonte da pecuária cearense revelou à coluna.

Novidade no mercado imobiliário! A Marquise Incorporações, empresa do Grupo Marquise, está lançando o "Seu Marquise", promoção que se integra à baixa de juros da Caixa e à decisão de que o imóvel é a garantia do financiamento. É por esta e outras razões que dá sinais de crescimento a atividade da construção civil.

Uma semana passou e, até agora, nem a Polícia Civil nem a Militar identificou o autor do criminoso incêndio que destruiu três fardos de algodão - cada um com 17 toneladas - na Chapada do Apodi. Esse crime provocou prejuízo de R$ 25 mil a um pequeno produtor. Espera ele que as autoridades descubram seus autores.



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