MDR e SRH negam água do Projeto São Francisco ao Ceará

Com o rio Salgado correndo desde a nascente até o Jaguaribe, onde desagua, já deveria ter sido retomado o fornecimento das águas do S. Francisco ao Cinturão das Águas (CAC).

Empresários da agropecuária e pequenos produtores rurais familiares do Ceará estão, neste momento, intrigados. E, por meio desta coluna, indagam: 

Por que o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e a Secretaria de Recursos Hídricos (SRH) do Governo do Estado ainda não retomaram o fornecimento de água ao Cinturão das Águas do Ceará (CAC), cuja estrutura já foi testada com êxito, sem apresentar qualquer sinal de vazamento? Qual a razão de não ter sido tomada, ainda, esta providência?

Hoje, graças às chuvas que estão desabando sobre o Cariri, o rio Salgado está correndo em toda a sua extensão, desde a nascente até o rio Jaguaribe, onde deságua.
 
Isto quer dizer que o leito do Salgado está pronto para receber e transportar, sem perda de infiltração, as águas do Canal Norte do Projeto São Francisco até o açude Castanhão, através do CAC. 

Era essa a boa condição que esperavam os técnicos do MDR e da SRH para usar o CAC e o rio Salgado como caminho mais fácil e mais rápido para fazer chegar ao Castanhão as águas do Projeto São Francisco de Integração de Bacias. 

Como até agora isso não aconteceu, as preocupações de quem produz e trabalha na agropecuária cearense aumentaram, uma vez que a atual quadro chuvosa tem 50% de chance de ser aquém da média histórica, 40% de ficar na média e só de 10% de ser além da média. 

O MDR não deu, até agora, uma informação sobre quando será retomado o fornecimento da água do São Francisco para o CAC. 

E a SRH, por sua vez, mantém também o silêncio, o que redobra o temor dos produtores rurais quanto ao que poderá acontecer no segundo semestre deste ano, se for confirmada a previsão da Funceme em relação à pluviometria deste 2021 (e, por enquanto, ela vem sendo ratificada). 

O Castanhão acumula cerca de 11% de sua capacidade máxima, que é de 6,5 bilhões de m³ de água. É pouco, muito pouco, quase nada, diante das necessidades humanas, animais e econômicas.

QUAL É O MELHOR ESPIÃO?

Quem tem os melhores equipamentos de espionagem? Os Estados Unidos, que, usando a Tecnologia 4G, invadiram, na gestão do democrata Barack Obama, a intimidade da presidente brasileira Dilma Roussef e da chanceler alemã Angela Merckel, ou a China, que é hoje a dona da Tecnologia 5G?

Nesse mercado da inteligência cibernética, norte-americanos e chineses travam uma disputa cada vez mais acirrada pelo controle da vida dos outros. 

Os Estados Unidos, que, em 1957, foram surpreendidos pelos russos com o Sputnik, primeiro satélite artificial da terra, e, em 1961, pela viagem orbital de Yuri Gagarin, reagiram rapidamente e, em 1969, colocaram o primeiro homem na Lua. 

De alguns anos para cá, porém, os norte-americanos têm sido desafiados pelos chineses, que são a segunda economia do planeta e agora avançam no domínio tecnológico. 

No meio dessa disputa, está o Brasil, atrasadíssimo sobre que 5G usará: a da chinesa Huawei ou a das empresas ocidentais que têm o beneplácito dos EUA. 

Quem entende de tecnologia e de geopolítica sabe que ambas têm dispositivos que permitem a invasão de segredos militares, empresariais e pessoais de outros países. 

Há poucos dias, aqui no Brasil, um hacker (pirata da internet) roubou os dados pessoais de mais de 200 milhões de brasileiros, entre eles o presidente da República. 

Há milhões de hackers espalhados (e agindo criminosamente) pelo mundo. 

Uma parte deles trabalha legalmente para grandes corporações empresariais e públicas, defendendo-as dos ataques dos cibercriminosos, mas a maioria está a serviço do crime sob contrato de governos estrangeiros. 

A China, os EUA, a Rússia e a Coreia do Norte acusam-se mútua e constantemente por ataques cibernéticos. 

Resumindo: como o Brasil e sua ciência não dominam, ainda, a Tecnologia 5G, resta optar pelas disponíveis. 

Que essa opção se acelere porque estamos muito atrasados, infelizmente.

TUDO NORMAL

Opera normalmente o Porto do Mucuripe, administrado pela Companhia Docas do Ceará, cuja presidente, Mayara Pereira Chaves, distribuiu ontem o Comunicado 03/2021, informando que os serviços prestados pela empresa são essenciais e, portanto, sob a proteção da Lei.

Ela se apoia no parágrafo 3º do artigo 3° do Decreto Federal 10.282, de 20 de março de 2020, que diz: 

“É vedada restrição à circulação de trabalhadores que possa afetar o funcionamento de serviços públicos essenciais, e de cargas de qualquer espécie que possam acarretar desabastecimento de gêneros necessários à população”.

O último parágrafo da nota da presidente da Companhia Docas do Ceará salienta: 

“Portanto, asseguramos a continuidade dos serviços desta Companhia, de forma ininterrupta, respeitando as medidas sanitárias necessárias e assegurando o cumprimento das diretrizes do Governo do Estado”.

REAJUSTADOS

Trabalhadores cearenses terceirizados dos setores de limpeza pública e de asseio e conservação terão reajuste salarial de 4,6%. 

O reajuste foi um pouco acima do IPCA em acordo celebrado por patrões e empregados, estes representados pelos seus dois sindicatos. 

O valor da cesta básica passa para R$ 80,00; o do vale-alimentação para R$ 21,00. Para as demais cláusulas econômicas, como auxílio-creche e a ajuda de custo dos motoqueiros, o reajuste será de 5%.
     
HAPVIDA

Estão muito perto de um final feliz as negociações da cearense Hapvida Participações e Investimentos S/A com a multinacional Notre Dame Intermédica Participações S/A. 

Pelo andar da carruagem, as duas gigantes do setor privado de saúde deverão fundir seus negócios, do que resultará uma empresa cujo valor de mercado passará dos R$ 120 bilhões.

Se a negociação der certo, as duas empresas terão como CEO Jorge Pinheiro, pela Hapvida, e Irlau Machado, pela Notre Dame. 

O grupo cearense terá o controle de mais de 50% do capital.

ESMALTEC

Equipamento fabricado pela cearense Esmaltec, empresa do Grupo Edson Queiroz, o capacete hiperbárico “Elmo”, que auxilia no tratamento de várias doenças, incluindo a Covid-19, foi tema de uma reportagem no Jornal Nacional, da Rede Globo. 

Com um mecanismo de respiração artificial não evasivo, o “Elmo” pode ser aplicado em pacientes com quadro de saúde de baixa e média complexidade, reduzindo em até 60% a necessidade de intubação em UTI. 

Inovador, o projeto do “Elmo” é fruto de parceria da Esmaltec com o Governo do Ceará, por meio da Secretaria de Saúde, Escola de Saúde Pública, Funcap, Unifor, Fiec, Senai-Ceará e UFC.

AGLOMERAÇÃO

Será mesmo possível fiscalizar ônibus e topics do transporte intermunicipal, para evitar, por exemplo, o transporte de passageiros em pé, sem aglomeração? 

Não, eis a resposta! 

Será possível fiscalizar ônibus urbanos em Fortaleza? Também, não! 

E os trens do Metrofor? Não! 

E os bares dos subúrbios sob domínio das facções criminosas? Não!   

Assim é difícil reduzir a eclosão de novos casos da Covid-19.

MEGA-SENA

O concurso 2.346 da Mega-Sena pode pagar R$ 34 milhões amanhã, sábado, 20. 

O sorteio será realizado a partir das 20 horas, horário de Brasília, no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo (SP).

MERCADO

Sobem, discretamente, os preços do petróleo no mercado mundial. É fruto da retomada, lenta ainda, da produção nos EUA, que foi duramente afetada pelas severas tempestades de neve.

O óleo do tipo Brent, negociado em Londres, está, na manhã desta sexta-feira, negociado a US$ 63,28 por barril. O do tipo West Texas cai 1,34%.

As bolsas de Hong Kong e Austrália fecharam no vermelho. A de Xangai, também. As da Europa sobem 0,3%. A de NY avança só 0,1%.

Os juros dos títulos do Tesouro norte-americano sobem porque a inflação dá sinais de alta.

DESEMPREGO

O setor de bares e restaurantes encerrou 2020 com o fechamento de 180.910 empregos formais no Brasil, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério da Economia. 

No período mais agudo da crise, entre março e agosto, o segmento chegou a fechar 253.436 postos de trabalho.
 
São Paulo e Rio foram os estados mais impactados na pandemia, com o fechamento no ano de 70.356 e 24.331 vagas de emprego no período, respectivamente. 

PETROBRAS

Subiu no telhado o emprego de Roberto Castello Branco, presidente da Petrobras. 

Na próxima semana, ele poderá ser demitido pelo presidente da República.



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