Marinho quer trocar improviso do Jazz pela estratégia da Filarmônica

A ideia da nova gestão da Sudene, suportada pelo ministro do Desenvolvimento Regional, o potiguar Rogério Marinho, é a de desconcentrar os investimentos do FNE.

Incentivada pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), a Sudene quer aperfeiçoar – e tornar mais dinâmicas e objetivas – as aplicações do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE), que, só neste exercício, tem R$ 30 bilhões para investir em projetos de mini, pequenas, médias e grande empresas de todos os setores da atividade econômica na região nordestina. 

Segundo o cearense Raimundo Gomes de Matos, dirertor de Planejamento da Sudene, um estudo minucioso feito em 2018 pelo já extinto Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços revelou, entre outras coisas, que, aqui no Ceará, as aplicações do FNE estavam – e ainda estão – concentradas em alguns pouquíssimos municípios do Estado, como Pacajus, Horizonte, Sobral e São Gonçalo do Amarante, onde está o Complexo do Pecém.

A ideia da nova gestão da Sudene, suportada pelo ministro do Desenvolvimento Regional, o potiguar Rogério Marinho, é a de desconcentrar esses investimentos. 

Raimundo Gomes de Matos chega a citar a região de Crateús e seu entorno como uma área que deverá ser priorizada pelo BNB, que tem a gestão da aplicação dos recursos do FNE. 

O mesmo estudo identificou que os Arranjos Produtivos Locais (APLs) ligados à Tecnologia da Informação e Comunicação são fortes nas capitais, porque absorvem quase todos os investimentos, sendo, pois, necessária atomada de medidas para que se interiorize o desenvolvimento. 

Trata-se de um discurso antigo, mas renovado por cada nova administração que se instala. 

Não há região do País mais detalhadamente estudada do que a do Nordeste. 

Mas, por falta de um planejamento estratégico regional e nacional, cada estado age como o solista de uma banda de jazz: improvisa ao longo dos quatro anos de sua apresentação (mandato); se o público (o eleitorado), com o seu aplauso (o voto), gosta do que ouviu, dá-lhe novo tempo para outro improviso. 

O ministro Rogério Marinho deseja trocar o improviso do jazz pelo planejamento sinfônico. 

Ele quer seu MDR e sua vinculada Sudene com a performance da Filarmônica de Berlim, a melhor orquestra do mundo, que, regida por um maestro, executa à perfeição as notas da partitura (o plano estratégico). 

Mas no Brasil das corporações, dos políticos protegidos pelo STF (vide o último caso do senador José Serra, do PSDB), dos que querem sepultar a Lava Jato, como o procurador-geral Augusto Aras, e dos deputados do Centrão, que só pensam naquilo – será difícil até desenhar a clave de sol.

CAINDO

Nesta temporada de balanços das empresas de capital aberto, com ações na Bolsa, observa-se que 62% delas foram afetadas pela pandemia no 2º trimestre deste ano ( abril-maio-junho) - inclusive os bancos, que reduziram lucros (o Bradesco registrou lucrou 40% menor do que o do primeiro trimestre). 

E o PIB dos EUA caiu 42,9%; o da Alemanha, 10,1% 

A Covid-19 estragou tudo. 

BNB E O AGRO 

O Banco do Nordeste selecionou 23 projetos de Difusão e Transferência de Tecnologia para Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável dos Territórios Atendidos pelo AgroNordeste, programa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). 

Dois projetos são do Ceará: "Comunidades Vivas", do Instituto de Desenvolvimento e Formação Cidadã, e "Difundir tecnologias para o fortalecimento da apicultura no sertão de Crateús e Inhamuns através de capacitações", do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-Ceará). 

Aos projetos selecionados no âmbito do Edital 02/2019, do Fundo de Desenvolvimento Econômico, Científico, Tecnológico e de Inovação (Fundeci), administrado pelo BNB, serão destinados, no total, R$ 5,8 milhões, em caráter não reembolsável, beneficiando instituições públicas e privadas, sem fins de lucro, visando à difusão e à transferência de tecnologias. 

A ação do BNB contribui para a organização e o fortalecimento das cadeias produtivas priorizadas nesses territórios, assim como para a articulação de políticas públicas de desenvolvimento local e  territorial e para a incorporação de inovações tecnológicas nas atividades produtivas. 

Os projetos abrangem temas como pecuária sustentável, agroecologia, melhoramento genético, tecnologias apícolas, reúso da água, construção de biodigestores, manejo sanitário, dentre outros. 

O resultado está disponível em www.bnb.gov.br/ fundeci/editais.

CAIXA

A Caixa Econômica divulgou ontem, 30, a revitalização da operação de crédito para pessoas físicas, sem destinação específica, com imóvel em garantia (linha de home equity). 

Denominada Real Fácil Caixa, a modalidade tem como principal vantagem a taxa de juros reduzida em comparação a outras modalidades de crédito pessoal. 

Ao contratar o Real Fácil Caixa, o cliente pode optar pela forma de atualização do empréstimo, que poderá ser pela TR, IPCA ou Taxa Fixa. 

Podem ser oferecidos, como garantia para o Real Fácil Caixa, imóveis residenciais ou comerciais. Nesta primeira fase de relançamento da linha de crédito, o imóvel utilizado como garantia deve ser sem ônus. 

O sistema de amortização também fica a critério do cliente, que pode escolher entre Sistema de Amortização Constante – SAC ou Sistema Francês de Amortização – PRICE. 

As novas condições e taxas de juros valem para novos contratos e estarão vigentes a partir da próxima segunda-feira, 3 de agosto.



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