Marinho no Ministério é bom presente para o Nordeste e o Ceará

O novo ministro do Desenvolvimento Regional não perderá tempo, pois conhece os projetos que sua pasta desenvolve.

Ganhou o Nordeste – e o Ceará, especialmente – com a chegada do potiguar Rogério Marinho ao Ministério do Desenvolvimento Regional, que substitui Gustavo Canuto, deslocado para a presidência do Dataprev, um dos organismos da administração federal incluídos na lista de privatização do governo Bolsonaro.

Até ontem dirigindo a Secretaria Especial de Previdência do Ministério da Economia, Rogério Marinho conhece, como poucos, as questão nordestinas, incluindo as do semiárido e, destacadamente, a do Projeto São Francisco de Integração de Bacias, erradamente chamado de transposição.

Nascido no Rio Grande do Norte, ele, certamente, terá duas prioridades: a conclusão do Canal Norte do Projeto São Francisco – que, além do Ceará, beneficiará também o seu estado natal, o Rio Grande do Norte – e o programa Mina Casa, Minha Vida – que certamente mudará de nome.

Há pouco mais de uma semana, ele esteve em Fortaleza a convite do presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Ricardo Cavalcante, e deu um show de informações e análises sobre o Brasil que existia, o Brasil que está existindo hoje e o Brasil que se constrói para o amanhã. O deputado Mauro Benevides Filho, amigo de Marinho, ouviu-o falar na Fiec e disse à coluna: “Ele é um homem sério, probo, competente e de cheio de espírito público”.

O novo ministro do Desenvolvimento Regional não perderá tempo, pois conhece os projetos que sua pasta desenvolve. Com respaldo do presidente da República e, mais ainda, do ministro da Economia, Paulo Guedes, que o indicou para cargo, ele já acena com o anúncio de um plano habitacional que mobilizará a construção civil e aumentará a oferta de emprego. Isto tem muita importância em ano eleitoral, como este 2020 de eleições municipais.

Quanto ao Projeto São Francisco, não há dúvida de que as obras do Canal Norte – com 98% já executados – serão aceleradas. O que falta – como a instalação mais duas motobombas nas estações elevatórias ao longo do canal – será logo providenciado, pois o Rio Grande, como Ceará, precisa urgentemente que as águas do Velho Chico cheguem aos seus açudes.

Paulo Guedes não deixará que falta dinheiro para a conclusão do maior empreendimento na área dos recursos hídricos do País.