Maersk, que escala no Ceará, é otimista com 2021 no Brasil

Gigante mundial da navegação marítima, a Maersk revela que as exportações brasileiras de frutas cresceram 15% em 2020.

Maior empresa de logística integrada do mundo, a Maersk, cujos navos fazem escalas nos portos cearenses de Pecém e Mucuripe, divulgou novo relatório do comércio e apresentou números mais otimistas para 2021. 

O relatório prevê um crescimento de 3,5% nas exportações e de 7% nas importações neste ano. Além disso, a líder global no transporte marítimo de contêineres está focada em ampliar a operação no Brasil e em expandir a movimentação de carga pela via terrestre, aérea e por cabotagem. 

De acordo com Julian Thomas, presidente do grupo Maersk no Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, a expectativa da Maersk para 2021 é de muito otimismo no Brasil. “A meta é crescer cerca de 20% em faturamento por conta do plano de expansão dos serviços logísticos no país e ampliar essa oferta para um tremendo portfólio de clientes que usam nossos navios.” 

O balanço indica que a exportação se manteve positiva ao longo de todo o último ano, com crescimento de 4% no primeiro trimestre, 1% no segundo (período de pico da pandemia do COVID-19) e 7% entre julho e setembro. 

Segundo José Salgado, diretor executivo comercial da Maersk, o resultado se deve a fatores como “A guerra comercial entre China e Estados Unidos, a valorização do dólar e a seca nos Estados Unidos, que favoreceram produtos brasileiros como soja, milho e o suco de laranja”. 

Ainda de acordo com o relatório, o produto refrigerado de maior destaque em 2020 foi a proteína animal, especialmente a carne suína, que cresceu 63% em relação a 2019.

As exportações de frutas também apresentaram crescimento de 15%. 

Enquanto isso, a madeira foi destaque entre as cargas secas, com aumento de 28%, principalmente para os mercados da Ásia e dos Estados Unidos. Além do café, que também teve um aumento elevado na exportação, com crescimento de 10%, com maior destaque durante o mês de novembro.

“Percebemos uma evolução de crescimento mais rápida na área de refrigeradores, principalmente em frutas e proteína animal, que estão diretamente ligadas ao consumo. Apesar da pandemia e da crise mundial, a exportação vem se recuperando”, finaliza Salgado.



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