Falta indústria para beneficiar o camarão

Cristiano Maia, presidente da Associação Cearense dos Produtores de Camarão e maior produtor brasileiro, com fazendas de produção no Ceará e no Rio Grande do Norte, está muito otimista com o crescimento da carcinicultura nos sertões cearenses e potiguares. No Vale do Jaguaribe - principalmente na geografia do município de Jaguaruana, onde há um mar de água salobra no subsolo - dezenas de antigos pequenos agricultores transformaram-se em prósperos produtores de camarão. A atividade é boa e dá um lucro até três vezes maior do que a agricultura. O Ceará, que já foi o maior produtor de camarão do País, caminha para retomar a liderança. "A produção cresce, o consumo também, mas enfrentamos um problema: a falta de indústrias de beneficiamento", lamenta Cristiano Maia, na opinião de quem as beneficiadoras hoje existentes têm equipamentos antigos, incompatíveis com as novas tecnologias e com as exigências do mercado. Maia - ligado por laços familiares aos mais importantes políticos do Rio Grande do Norte, onde sua fazenda Potiporã, que ele comprou há quatro anos do grupo Queiroz Galvão, emprega mais de mil pessoas - não tem dúvida de que o camarão nordestino voltará a ser exportado para os EUA e Europa. "Para isso, falta só a instalação de indústrias modernas de beneficiamento, porque produção nós já temos para os mercados interno e externo". Cristiano Maia é considerado pelos seus colegas criadores e pelas autoridades do Ministério da Agricultura o principal líder da carcinicultura brasileira.

Cooperativas

Atenção! A Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Ceará, por meio de sua Secretaria Executiva do Agronegócio, conversa com algumas cooperativas da agropecuária do Paraná. A ideia - segundo revela Sérgio Bayma, que acaba de retornar de Curitiba, onde esteve em missão oficial - é atrair a expertise dos paranaenses para replica-la aqui. A pecuária leiteira cearense é o primeiro alvo dessa possível parceria.

SODA CÁUSTICA

De José Dias, dono da Biomátika, que sugere a atração de indústrias de soda cáustica para aproveitar o cloreto de sódio rejeitado pela dessalinização da água do mar: "A produção de soda cáustica é fundamental para a próxima exploração do urânio e do fosfato do Projeto Itataia, cujo impacto para a economia do Ceará é comparado ao da instalação da CSP".

Promovida pela

Câmara de Comércio Brasil-EUA (Amcham Brasil), será realizado amanhã, 4, no auditório Carlos Alberto Studart, no belo Edifício BS Design, um fórum que debaterá sobre bem atual: "A experiência como meio de competitividade na era digital". Estarão presentes empresários e especialistas

Depois de duas sessões de recuperação, a Bolsa voltou a cair ontem, após dia atribulado. O Ibovespa fechou a sessão em baixa de 1,02%, a 105.537,14 pontos. Já o dólar avançou pela décima sessão seguida e ultrapassou a marca de R$ 4,50 pela primeira vez. Nas casas de câmbio, já passou dos R$ 4,70



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