Exclusivo! BNB cria Cartão de Crédito da Agropecuária

O cartão facilitará a vida dos produtores de leite da região, que sempre enfrentaram dificuldades de acesso ao crédito para o custeio de sua atividade. E mais: 1) Brasil e Alemanha juntos pelo hidrogênio verde; 2) Energia solar, uma guerra de lobbies

Exclusivo! O Banco do Nordeste está criando o “Cartão BNB Agropecuária”, uma demanda de milhares de produtores de leite dos estados nordestinos, mobilizados pelo Instituto Luiz Girão, braço social do Grupo Betânia, líder da indústria de laticínios da região nordestina.

Esse cartão facilitará a vida dos produtores de leite da região, que sempre enfrentaram dificuldades de acesso ao crédito para o custeio de sua atividade.

Ao anunciarem ontem a decisão por meio do Ofício 2021/498-038, o gerente do Ambiente de Crédito Comercial e Cartões, Jeovah Linhares Lopes, e o superintendente de Produtos e de Serviços Bancários do BNB, Alison Ramon Santos e Silva, dirigiram-se ao Instituto Luiz Girão, fazendo referência à “demanda dos produtores de leite, visando à criação e operacionalização do Cartão de Crédito Rotativo de custeio para a produção de leite”.

Os missivistas anunciam que o Cartão BNB da Agropecuária tem previsão de implantação no próximo mês de junho. 

Na última linha do ofício, eles agradecem a sugestão do Instituto Luiz Girão e se colocam “à disposição para prestar os esclarecimentos adicionais julgados necessários”.

Tudo começou no dia 25 do último mês de fevereiro, quando o presidente do instituto, David Girão, enviou carta ao presidente do BNB, Romildo Rolim, anexando a ela um abaixo-assinado de centenas de produtores de leite de vários estados do Nordeste, reivindicando a criação de um Cartão de Crédito de Custeio, por meio do qual seria eliminado um dos principais gargalos do setor.

Na justificativa do abaixo-assinado, os produtores afirmam:

“A produção de leite no Nordeste é a atividade rural com maior ocupação e expansão territorial, com resiliência aos efeitos de secas, produz e gera renda durante os doze meses, fixando famílias no campo. 

“Exemplo desta resiliência está no Ceará que, entre 2010 e 2019, mesmo com seis anos de saca, aumentou em 79,53% a produção de leite. Gerando um emprego direto no campo para cada 50 litros produzidos, e com uma produção de 11,88 milhões de litros por dia (IBGE, 2018) no Nordeste, em 353.907 estabelecimentos rurais, proporcionaram 237,7 mil empregos diretos no campo, distribuídos, especialmente, na região semiárida.
 
“Em torno de 75% do leite do Nordeste é produzido por agricultores familiares, com produção diária por fazenda de até 150 litros, apresentando, de forma constante, aumento contínuo de volume por fazenda, alavancados pela melhoria em genética, nutrição, produção de forragem, aprimoramento da gestão, inclusive, apoiados pela assistência técnica e o crédito rural.
 
“Uma fazenda de gestão familiar que produz 300 litros de leite por dia tem, em média, tem um imobilizado em ativos (terra, infraestrutura, rebanho, equipamentos etc.) por volta de R$ 300 mil, patrimônio que levou anos para ser construído.

“As margens líquidas da atividade leiteira são apertadas, apresentando grandes níveis de sensibilidade de risco do negócio diante das adversidades climáticas no Nordeste e de mercado, por exemplo. Além disso, o produtor se depara com a necessidade constante de investimentos, objetivando aumentar sua escala de produção e de sua renda, bem como ter que garantir a manutenção da estrutura. Neste cenário, a limitada disponibilidade de capital de giro para custear a produção de leite, no dia a dia, é uma realidade que aflige a grande maioria dos produtores.”

Mais adiante, argumentam os produtores de leite:

“Com o cartão de crédito rotativo, acabaria essa operação burocrática de todo ano para o produtor ter acesso ao custeio do Banco. Ao final de cada mês, quando o produtor recebe o pagamento da venda do leite pagaria o cartão e, em princípio, de acordo com o modelo de concessão do cartão adotado pelo Banco, seu crédito estaria automaticamente renovado pelo agente financeiro para custear a produção de leite do mês seguinte.” 

Eles prosseguem:

“O Banco do Nordeste, como banco oficial de desenvolvimento da Região e já com a experiência do Cartão de Crédito Rotativo para Investimentos Rurais, tem todas as condições e a oportunidade de criar este novo Cartão de Crédito – desburocratizado, para viabilizar, de fato, o atendimento a principal demanda do produtor de leite do Nordeste”. 

Os argumentos acima sensibilizaram a presidência, a diretoria e os setores do BNB ligados à agropecuária, que decidiram acatar a sugestão de criar esse novo cartão de crédito com especificidades para a pecuária leiteira do Nordeste.

Estão de parabéns o agrônomo e consultor Zuza de Oliveira, autor da ideia, e o Instituto Luiz Girão, que a encaminhou à consideração do BNB, que a acolheu.

Ganham os produtores, o BNB e o Nordeste.

HOJE É DIA DO II FÓRUM AGROSETORES

Durante todo o dia de hoje, por vídeo conferência, será realizado o Segundo Fórum Agrosetores, que abordará temas ligados ao que seus promotores chamam de “o novo agronegócio cearense”.

O primeiro painel, às 8h40, debaterá sobre o Cultivo em Ambiente Protegido;

O segundo, às 10 horas, abordará a Modernização da Cultura do Algodão;

O terceiro, às 11h10, focará as Flores e Plantas Ornamentais;

O quarto, às 14h30, falará sobre o Café: Cultura e Turismo; 

No quinto, às 15h40, o assunto será Produção e Fertilizantes Orgânicos;

O tema do sexto painel, às 16h50, será Trigo Cearense: uma nova atividade agrícola no Estado.

São panos para todas as mangas.

HIDROGÊNIO VERDE: BRASIL E ALEMANHA UNIDOS

Alemanha e Brasil deram-se as mãos e caminharão juntos no objetivo de produzir e consumir hidrogênio verde, a energia que moverá o mundo até o fim desta década.
 
Os alemães estão prontos para celebrar contrato de 10 anos de duração, no mínimo, para comprar hidrogênio verde produzido no Brasil por empresas brasileiras ou não.

O Ministério de Minas e Energia já trata do assunto com seu correspondente alemão.
 
Anotem aí: o futuro do Ceará nessa área será muito promissor, se derem certo os projetos que duas empresas australianas pretendem instalar no Complexo do Pecém.
 
Este novo mundo que está nascendo é para os que têm hoje 10 anos de idade e cuja educação, daqui a três anos, será totalmente diferente da que é ministrada hoje.

SUPERMERCADOS AJUDAM VULNERÁVEIS COM CESTAS

Hoje, a Associação Cearense de Supermercados (Acesu) entrega a famílias em situação de vulnerabilidade de 20 comunidades de Fortaleza 2.556 cestas básicas – quase 28.500 quilos de alimentos), arrecadadas até ontem pelo “Movimento Super Solidário”.

A campanha, que é feita em parceria com a Central Única das Favelas (Cufa), promove nesta quarta-feira sua primeira entrega, mas prosseguirá arrecadando doações até o mês de agosto nos supermercados filiados à Acesu.

Além das doações nas lojas, os interessados podem contribuir com valores em dinheiro pelo PIX:  06962997000147.

ENERGIA SOLAR: UMA NOVELA CHEIA DE LOBBIES

Virou novela o Projeto de Lei 5829/2019, que já deveria ter sido votado pelo Congresso Nacional. Ele prevê a criação de um marco legal para a geração própria de energia no Brasil.

Como sói acontecer no Brasil, esse PL – em vez de convergir – promoveu a divergência dos diversos grupos de interesse, cujos lobbies, poderosos dos dois lados da questão, disputam força e prestígio no Congresso.

O novo marco regulatório “pode trazer mais segurança para o crescimento sustentável do País, reduzir a conta de luz de todos os brasileiros e ao mesmo tempo gerar novas oportunidades de emprego e renda à população”, como discursa Camila Nascimento, coordenadora estadual no Rio de Janeiro da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
Por sua vez, a Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) é contra algumas propostas inseridas no novo marco regulatório, incluindo o que prevê a ampliação de subsídios a consumidores e empresas. 

Na opinião da Abradee, os incentivos terão efeito na conta de luz de quem está na rede de distribuição, e explica que os valores abatidos a título de incentivos à geração de energia para consumo no local serão repassados aos consumidores mais pobres. 

Segundo Marcos Madureira, presidente da Abradee, as empresas são responsáveis por 60% do consumo da geração distribuída, mas no que tange aos imóveis residenciais que utilizam o expediente, 94% são de propriedade de famílias de alta renda.

Esta coluna tem recebido, quase diariamente, mensagens dos vários lobbies que, como se observa, têm opiniões díspares sobre o mesmo tema. Talvez por isto mesmo o Congresso tem protelado a votação do Projeto de Leite.

Há muito interesse – e muito dinheiro – em jogo.

EM DEBATE O MERCADO LIVRE DE ENERGIA 

Para debater sobre “Mercado Livre De Energia – oportunidade de redução de custos para empresas”, o Sindicato da Indústria de Energia (Sindenergia) e o Sistema Fiec promoverão amanhã, às 17 horas, mais uma edição do “Energia em Pauta”.

O evento será gratuito, mas por via digital, para o que se faz necessária prévia inscrição pelo link https://forms.gle/KiibJKZ5BnQw4VRi6

Ele terá o objetivo de atualizar as empresas e seus executivos para os novos padrões de gestão e de redução de custos e para as mudanças que estão no horizonte regulatório, como explica o presidente do Sindenergia, Paulo Siqueira.

INSTRUTORES DE TRÂNSITO QUEREM PRIORIDADE

Motoristas professores de Autoescolas do Estado do Ceará, mobilizados pelo seu sindicato, estão pedindo a inclusão dos instrutores de trânsito na Fase 4 da Campanha de Vacinação contra a Covid-19 no Ceará. 

O presidente do Sindicato da categoria, Eliardo Martins, argumenta que os instrutores são profissionais da educação e, diante da necessidade do contato diário com os alunos, precisam de ter saúde resguardada, para o que a vacinação é essencial.

MINISTRA DA AGRICULTURA ADIA VISITA

Um dos auxiliares do presidente Bolsonaro mais demandados para eventos, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, teve de mudar sua agenda, razão pela qual adiou para data a ser ainda marcada sua visita ao Ceará, que estava prevista para o dia 4 e junho.

Tereza Cristina virá aqui para ver, pessoalmente, as plantações de trigo e de algodão que se desenvolvem, com sucesso, na Chapada do Apodi, na geografia do município de Limoeiro do Norte.

 



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